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Epigenética e nutrição - Nestlé

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40 resultado<br />

O relevante avanço não significa,<br />

contudo, que o problema esteja resolvido.<br />

Com base na prevalência da hipersensibilidade ao<br />

leite, descrita na literatura, estima-se que milhares de<br />

crianças, apenas no Estado de São Paulo, não estejam<br />

sendo alimentadas de maneira adequada.<br />

“Ainda estamos aquém. Falta acesso e informação<br />

para muitas famílias, principalmente as que moram no<br />

interior e em regiões mais afastadas, já que os postos<br />

de entrega estão mais centralizados na Capital. E ainda<br />

sofremos, de tempos em tempos, com a falta do produto”,<br />

diz Roseli.<br />

Por outro lado, há bons sinais no horizonte. Além de<br />

São Paulo, o Rio de Janeiro, Minas Gerais e a Bahia instituíram<br />

algum tipo de programa para fornecer esse alimento<br />

— em alguns casos no escopo municipal, em outros por<br />

meio de políticas estaduais, de maior abrangência.<br />

“Nosso próximo passo é intensificar os contatos<br />

com o Ministério da Saúde e reafirmar a importância do<br />

alimento para pacientes com necessidades nutricionais<br />

específicas. Nosso objetivo é o de que haja uma política<br />

pública nacional”, conta Roseli.<br />

Ela explica que o ministério chegou a editar uma<br />

portaria que previa a formação de um grupo de trabalho<br />

técnico para definir uma política pública para fornecer<br />

esses alimentos. No entanto, o projeto, por falta de alocação<br />

de recursos, ficou parado no órgão federal.<br />

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Todas essas ações do Instituto são possíveis graças a uma<br />

parceria com o Instituto Pro Bono, ONG que reúne advogados que<br />

dedicam um pouco de seu tempo a quem não pode pagar pelo serviço.<br />

São eles que fornecem a assessoria jurídica necessária para<br />

que as ações sejam ajuizadas, e ajudam pacientes a levantar documentos<br />

necessários para fazer os pedidos administrativos.<br />

O saldo dessa união de forças é bastante positivo: desde a<br />

sua fundação até hoje, o Instituto Girassol orientou mais de 5 mil<br />

profissionais da área de saúde, familiares e pacientes, além de<br />

cadastrar e auxiliar diretamente 6 mil portadores de necessidades<br />

nutricionais especiais, em todo o Brasil, por meio de seu site<br />

(www.girassolinstituto.org.br).<br />

Ferramentas e publicações<br />

Uma vez garantido o alimento, é necessário saber a manei-<br />

ra mais adequada de usá-lo, evitando desperdícios e até mesmo<br />

danos à saúde dos pacientes. Para isso, o Instituto Girassol constituiu<br />

um centro de pesquisas e disseminação de conhecimentos<br />

em convênio com o Curso de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública<br />

da Universidade de São Paulo.<br />

Todos os anos, o Instituto recebe oito estagiários do 5º ano de<br />

graduação para ajudar a equipe do Girassol a desenvolver projetos.<br />

“Para os alunos, o tempo no Instituto conta como estágio obrigatório<br />

oficial do curso. Para nós, é uma possibilidade rica de ajuda, troca e<br />

intercâmbio de novas informações”, explica Roseli. Dessas colaborações,<br />

e com o apoio institucional ou o patrocínio de algumas empresas,<br />

já foi publicado um manual de <strong>nutrição</strong> enteral para pacientes<br />

e profissionais de saúde e foram desenvolvidos cardápios para alimentação<br />

saudável de lactentes e pré-escolares.<br />

Outra publicação, disponível no site do Instituto e distribuída<br />

em algumas unidades hospitalares para famílias de pacientes, foi<br />

o livro Receitas culinárias para crianças com alergia alimentar —<br />

Fascículo Festas.<br />

O material, que contou, entre outras empresas, com apoio da<br />

<strong>Nestlé</strong>, traz receitas alternativas de brigadeiro, beijinho, bolos, salgadinhos,<br />

tortas, sorvetes e outros docinhos obrigatórios em qualquer<br />

festa de aniversário infantil. Com ele, as mães aprendem, de maneira<br />

simples, com produtos vendidos na maioria dos supermercados, a<br />

transformar a rotina das crianças com alergias alimentares.

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