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"A Droga do Amor" de Pedro Bandeira - IFTO

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- Ora, Crânio! Você está se esquecen<strong>do</strong> que quem está por trás <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> é o Doutor Q.I.?<br />

Quan<strong>do</strong> ele soube que eu e Chumbinho estávamos no aeroporto e que eu vim no mesmo<br />

avião que o cientista, resolveu tornar uma providência para nos assustar...<br />

- Humm... - fez Calú. - Não me parece muito lógico...<br />

- É claro que é lógico! - insistiu a menina. - Ele quer vingar-se da gente, não quer? Então<br />

vai pegar to<strong>do</strong>s nós, um a um!<br />

- Bem, isso é bastante lógico - concor<strong>do</strong>u Andra<strong>de</strong>.<br />

- Outro ponto que parece coincidência <strong>de</strong>mais é o furto da bolsa da Magrí - continuou<br />

Crânio. - Terá si<strong>do</strong> algum espertinho que se aproveitou da confusão? Mas como po<strong>de</strong> um<br />

ladrãozinho agir enquanto está acontecen<strong>do</strong> um tiroteio?<br />

- Ora, Crânio! - riu-se Andra<strong>de</strong>. - No aeroporto, ocorrem pequenos furtos o tempo to<strong>do</strong>!<br />

To<strong>do</strong>s os dias há algumas ocorrências. Bagagens perdidas, coisas assim...<br />

- Bom, gente - <strong>de</strong>cidiu Miguel. - O seqüestro <strong>do</strong> <strong>do</strong>utor Flanagan é um acontecimento<br />

mundialmente grave. Meu me<strong>do</strong> é que to<strong>do</strong>s os esforços se concentrem nele, e<br />

Chumbinho acabe esqueci<strong>do</strong>. Chumbinho é nosso problema. Temos <strong>de</strong> agir, <strong>de</strong>pressa!<br />

- Espere aí, Miguel! - interrompeu Magrí. - Tu<strong>do</strong> é obra <strong>do</strong> mesmo Doutor Q.I. Se<br />

conseguirmos salvar o peixe gran<strong>de</strong>, que é o <strong>do</strong>utor Bartholomew Flanagan, salvaremos<br />

também o nosso peixinho. Vamos nos concentrar no cientista!<br />

- O que é isso, Magrí? - espantou-se Calú. - Você propõe que a gente só pense no<br />

cientista? Que história é essa? É <strong>do</strong> Chumbinho que nós estamos falan<strong>do</strong>!<br />

- Escute aqui, Calú: ninguém gosta mais <strong>do</strong> Chumbinho <strong>do</strong> que eu!<br />

- Calma, pessoal! - pediu Crânio. - Não se trata aqui <strong>de</strong> disputar quem gosta mais <strong>de</strong><br />

quem...<br />

Sem conseguir conter o impulso, Calú encarou Miguel. Magrí olhou para longe.<br />

- Voltemos aos pontos obscuros - continuou o geninho <strong>do</strong>s Karas. - Por que <strong>de</strong>ram<br />

apenas um tiro no aeroporto? Por que balearam só a <strong>do</strong>na Iolanda? Se pelo menos<br />

tivesse havi<strong>do</strong> um tiroteio, e ela recebesse uma bala perdida, ainda daria para aceitar,<br />

mas...<br />

- Eu também não consigo enten<strong>de</strong>r esse ponto - reforçou Magrí. - Que ligação especial<br />

po<strong>de</strong>ria ter <strong>do</strong>na Iolanda com o caso? Com o <strong>do</strong>utor Bartholomew Flanagan? Ela, como<br />

eu e outras centenas <strong>de</strong> passageiros, viemos no mesmo vôo. Por que só ela?<br />

- Porque ela foi a primeira a gritar - palpitou Andra<strong>de</strong>. Não foi isso o que você supôs,<br />

Magrí?<br />

- Po<strong>de</strong> ser, Andra<strong>de</strong>, po<strong>de</strong> ser...<br />

***<br />

Por trás <strong>do</strong> banco, uma moita <strong>de</strong> azaléias erguia-se alta, começan<strong>do</strong> a sombrear os cinco.<br />

No meio da moita, escondia-se o anão.<br />

Destacan<strong>do</strong>-se na cara empelotada, ainda mais sinistra sob a luz <strong>do</strong> sol, os olhos argutos<br />

<strong>do</strong> anão apertavam-se, ouvin<strong>do</strong> a conversa.<br />

***<br />

- Se <strong>do</strong>na Iolanda não foi baleada aci<strong>de</strong>ntalmente - continuava Crânio -, se o tiro foi<br />

proposital, qual teria si<strong>do</strong> a razão?<br />

Será que ela reconheceu algum <strong>do</strong>s bandi<strong>do</strong>s, alguém que estivesse <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> avião, por<br />

exemplo?<br />

- Acho que não, Crânio - respon<strong>de</strong>u Magrí. - O grupo <strong>de</strong> seqüestra<strong>do</strong>res estava<br />

esperan<strong>do</strong> os passageiros no saguão.<br />

- E se <strong>do</strong>na Iolanda, por acaso, reconheceu alguém <strong>de</strong>sse grupo? Alguém que ela já<br />

conhecia anteriormente?<br />

- Po<strong>de</strong> ser. Como vamos saber?<br />

- Perguntan<strong>do</strong> para ela, ora! Magrí encolheu os ombros.<br />

- Tentei falar com <strong>do</strong>na Iolanda ontem à noite. Ela não po<strong>de</strong> receber visitas. Falei com um

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