V. - Fundação Biblioteca Nacional

s E c q X O III. Cap. IV.
de azote, carbomo, hydrogenio , e oxigênio somente
com diferença de proporções , e que os vegetaes se
compõem^ dos mesmos elementos exceptuando o azote ,
que ou não exiíte , ou exiíte em pequena quantidade.'
Do que devemos concluir, que todas as súbita ncias alimentosas
, viíto que somente os dóus reinos as ministrão,
concordão nos elementos essenciaes; e oue unicamente
diferem (segundo se ¡Colhe das analyses) nas
suas diversas proporções, e na -organisação , ou vida
que são capazes de receber. Ha (já Hippocrates o disse
,) muitos alimentos; vias ha só huma nutrição:
porque ainda qué hum homem se alimente de carne'
pão, leite, hervas, legumes &c., não tirará de tudo'
iíto senão huma subftancia capaz de se transformar
nos §eus proprios orgaos.
Sendo pois semelhantes nos principios nutritivos
o reino animal, e vegetal, cumpre-nos considerar em
geral: i.°o que tem de commum os animaos com os
vegetaes: que diferenças se observão entre huns
e outros : 3. 0 quaes são as diferenças dos animaos entre
si, ido he, quaes são as causas , que podem motivar
eítas diferenças ; e que não podem obrar sem as
produzir essencialmente, se bem que os efeitos séjão
mais ou menos notáveis em cada especie de animal.
I. Observamos que tanto os animaes, como os
vegetaes sãocompoítos desolidos, elíquidos; masque
huns , e outros são tanto mais tenros, e franzinos,
quanto mais chegados eílão á sua origem, eflando a
proporção dos solidos para os liquides na razão directa
da idade; porque aquelles se augmentão á medida
que os annos vão correndo. Temo evidente prova
diíto na eítruetura dos velhos , que parece myrrhada
, assim como em todos os vegetaes, cue segundo
a sua respectiva duração , gradualmente'vão perdendo
os líquidos , até ficarem seceos. He por tanto
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