Toots Stileman e Leny, na Holanda, com João Carlos Coutinho, Adriano de Oliveira e Laércio Nascimento 75
Carmelo Senna da Cunha, meu marido Casei-me uma única vez na vida, com Carmelo Senna da Cunha. Conheci meu marido ao final de um Projeto Pixinguinha. Chegando de uma dessas viagens, fui dar um jeito no cabelo e, na vinda do cabeleireiro, com a cabeça envolta em um lenço, encontrei o Theo, meu secretário, e o Carmelo conversando com a minha família. Olhei para meu pai com espanto, porque ele não parava de falar castelhano. Então, ele me apresentou ao Carmelo, explicando que era madrilenho. Conversamos fiado, disse-lhe que gostaria de conhecer melhor Madrid porque passara por lá muito rapidamente durante um festival. De cara gostei do jeito do bicho. Combinamos nos encontrar no dia seguinte, no Teatro Rival, onde Pedrinho Martins, estilista famoso, me concederia um prêmio. No dia seguinte à entrega do prêmio, tive novo encontro com o Theo e Carmelo estava lá outra vez. Foi o suficiente. Não nos largamos mais. Carmelo não tinha a menor ideia de quem era a cantora Leny Andrade. E isso foi o que me pegou, teve um significado todo especial, guardado até hoje com muito carinho: meu marido, o único homem com quem me casei, apaixonou-se pela mulher Leny de Andrade Lima, sete anos mais velha do que ele, e não pela cantora famosa. A adoração dele por mim e pela minha família – mamãe, meu pai, minha madrinha, meu irmão Dudu – me cativou. E a família dele tem adoração por mim até hoje. Posso mandar um telegrama e dizer que estou chegando na casa deles, em Madrid, e ir tranquilamente, só com a roupa do corpo, que serei bem recebida. A vida para Carmelo era sempre festa. Ariano do dia 9 de abril, filho de uma mãe riquíssima, era um jovem impulsivo e impossível de ser controlado. Casei-me com ele em 25 dias porque seu visto ia vencer. Antes da cerimônia, porém, entramos no primeiro motel da subida da serra para Petrópolis e só saímos de lá três dias depois. Minha mãe ficou louca com o meu sumiço. Pelo telefone, eu ia tranquilizando Dona Ruth, sem dizer onde estava exatamente, só explicava que logo chegaria a Petrópolis. Com Carmelo. Ela achou tudo aquilo um absurdo. Na volta da aventura do motel, tratei de correr atrás de um monte de coisas relacionadas com o meu trabalho, porque tinha largado tudo. Chegara de viagem e tinha sumido de casa. O telefone tocou. Era Carmelo dizendo que precisava me ver, estava mal porque o cachorrinho 76
- Page 1 and 2:
musica colecao Leny Ribas Alma Mía
- Page 4:
Leny AndradeRegina Ribas Alma Mía
- Page 7:
Sumário Introdução 09 Histórias
- Page 11 and 12:
Histórias essas que quase não for
- Page 13 and 14:
Comecei a me sentir cada vez mais c
- Page 15 and 16:
Um Pouco sobre Leny Leny Andrade é
- Page 17 and 18:
Histórias da Infância Dona Ruth,
- Page 19 and 20:
Leny com 5 anos no carnaval 18
- Page 21 and 22:
A mãe professora de piano Mamãe n
- Page 23 and 24:
A turma da Profa. Maria Amélia de
- Page 25 and 26: Leny, a caloura 24
- Page 27 and 28: Laços de família Durante algum te
- Page 30 and 31: Mamãe era apaixonada pelo meu avô
- Page 32 and 33: Não fui criança prodígio, até p
- Page 34 and 35: Dudu, o irmão, empresário e arran
- Page 36 and 37: A Bossa Nova O que vi e vivi no Bec
- Page 38 and 39: Mais jantar dançante, piano nos in
- Page 40 and 41: Jantar dançante no Lions Club 39
- Page 42 and 43: No auditório da Rádio Tupi 41
- Page 44: lhosas com quem trocava ideias, que
- Page 47 and 48: Era um ônibus grande, confortável
- Page 49 and 50: O Tamba Trio e a traição de Hélc
- Page 51 and 52: O efeito daquela atitude caiu sobre
- Page 53 and 54: Milton de Paula, um lindo piano e p
- Page 55 and 56: Estreia internacional em Buenos Air
- Page 57: Porém, ninguém a deixa ir embora.
- Page 62 and 63: A Conquista do México Um deslumbra
- Page 64 and 65: lo, deu o tom, abriu a santa boca e
- Page 67 and 68: Gemini V - sucesso estrondoso no M
- Page 69 and 70: A notícia de que o Gemini V tinha
- Page 71 and 72: disse para mim mesma: Viu, Leny? Vo
- Page 73 and 74: Muitos Contratos e um Casamento Efe
- Page 78 and 79: Dona Ruth, Carmelo e Leny, Gustavo
- Page 80 and 81: que ele trouxera de Madri fora atro
- Page 82 and 83: amigos, frequentando diversas festa
- Page 85 and 86: Leny e Patrícia Barber Leny, Billy
- Page 87: É bom estar passando a vida a limp
- Page 90 and 91: Rituais de humildade e gratidão Te
- Page 92 and 93: número 2: Avião. E lá ia eu, nú
- Page 94 and 95: Um show após outro Leny com Gilson
- Page 96 and 97: verificar que diminuíram, pelo men
- Page 98 and 99: Leny em momento de premiação 97
- Page 100 and 101: Aí ouvi o meu nome e o do Cesar Ca
- Page 102 and 103: 101
- Page 104 and 105: Leny e Menescal no Japão 103
- Page 106 and 107: para São Paulo. Apenas com uma mal
- Page 108 and 109: Com Zico, no Japão Lais Pires, pro
- Page 110 and 111: 109
- Page 112 and 113: não entendiam. Ainda fico meio per
- Page 114 and 115: 113
- Page 116 and 117: Para não me alongar mais ainda com
- Page 118 and 119: Com Romero Lubambo, um parceiro que
- Page 120 and 121: Atualmente, conto experiências pes
- Page 122 and 123: 121
- Page 124 and 125: Bolero é bolero. Pop é pop..., di
- Page 128:
Créditos fotográficos Márcia Mor
- Page 131 and 132:
© Imprensa Oficial do Estado de S
- Page 133:
Formato 21 x 26cm Tipologia Chalet