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Sete Visões: Ambição - rtavares consultoria & treinamento

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[SE7E VISÕES - AMBIÇÃO] Página | 21<br />

Ser obstinado a provar que eles existiam era algo totalmente diferente de ser devoto à<br />

existência de um deles. Por Deus, ele tem todos os motivos do mundo para querer se tornar<br />

um caçador de vampiros, e agora ele está aqui, na minha frente, totalmente crente que<br />

há um vampiro atacando uma mulher naquela casa, e não faz um movimento sequer para<br />

salvar a mulher! Isso é tão... Faltam-me palavras para descrever.<br />

― Anthonny...<br />

Senti a luva dele sobre os meus lábios, impedindo-me de continuar a falar.<br />

Rudolf descia da sacada com leveza, como se o seu corpo não possuísse qualquer peso;<br />

senti Anthonny me puxando para o breu; precisei apertar meus olhos e forçar minha<br />

visão para conseguir distinguir Rudolf dos poucos homens que ainda estavam na rua.<br />

― Vamos segui-lo.<br />

Não houve tempo para que eu me queixasse. Anthonny voltou a me arrastar pelas<br />

ruas. Estava ficando cansada daquela puxação.<br />

Observei melhor Rudolf. Recordo-me das lendas dizendo que vampiros não possuem<br />

reflexo. Aonde tem um espelho quando se precisa de um?<br />

― Anthonny, para de me puxar dessa forma! ― briguei, quando ele levou-me até um<br />

local mais escuro ― outra vez ― e, novamente, ele tapou minha boca e apontou para uma<br />

taberna que suposto vampiro adentrava. ― Por Deus, Anthonny! O que diabos você está<br />

pretendendo com tudo isto? Ficar seguindo um homem... Por que não fez nada para ajudar<br />

aquela mulher?<br />

― Calma, Samantha.<br />

― Calma?!<br />

Respirei fundo; ele estava pedindo para apanhar.<br />

― Por que diabos não entrou na casa daquela mulher para salvá-la?<br />

― Eu não estava interessado em salvá-la.<br />

― Anthonny... não estou reconhecendo você.<br />

― Samantha... antes de se mudar para Irlanda, eu prometi que daria provas cabais<br />

acerca da existência de vampiros. Pois bem, minha cara, Rudolf é uma dessas provas.<br />

― Anthonny, não estou lhe entendendo.<br />

Ele sorriu, repousando as mãos sobre minha cintura e me trazendo ao encontro de<br />

seu corpo. Quis perguntar o que ele estava fazendo, mas o gesto de tirar as luvas me chamou<br />

a atenção. Por que ele estava tirando as luvas naquele momento?<br />

― Lembro que você possuía essa ambição de comprovar a existência de vampiros<br />

tanto quanto eu, Samantha.<br />

Havia algo na voz dele que fez minha mente gritar.<br />

Mandou-me correr.<br />

Minhas pernas não me obedeceram.<br />

― Anthonny?!<br />

Minha voz saiu falha.<br />

O que era aquele sentimento angustiante_<br />

― Sabe aqueles mitos que vampiros podem transformar humanos em vampiros?<br />

― Tenho uma vaga lembrança sobre essa parte dos mitos.<br />

― Gostaria de provar a existência dos vampiros se tornando uma deles?<br />

Minha mente pareceu parar de trabalhar.

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