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Sete Visões: Ambição - rtavares consultoria & treinamento

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[SE7E VISÕES - AMBIÇÃO] Página | 6<br />

“O guerreiro da luz raramente sabe o resultado de uma batalha quando esta acaba. O movimento da luta gerou<br />

muita energia à sua volta, e existe um momento onde tanto a vitória como a derrota ainda é possível.”<br />

(“O Manual do Guerreiro da Luz”, Paulo Coelho)<br />

“Minha visão embaça pelo constante suor que me cai nos olhos, mas apenas o vulto<br />

de meu oponente e o zumbido que sua espada emite ao cortar o ar já é o suficiente para<br />

que eu ataque e defenda com a minha.”<br />

Estes eram os pensamentos que passavam pela cabeça de Eriot, um cavaleiro de armaduras<br />

enferrujadas e sujas por fuligem e barro.<br />

Era uma grande batalha que era travada naquele prado que antecipava um pequeno<br />

bosque, o barulho das lâminas se chocando podia ser ouvido de longe.<br />

“Desista,‘cavaleiro sem teto’! Estas terras pertencem ao grande rei Silk, rei de todos<br />

os homens, e iremos derrubar estas árvores para ampliar as colheitas reais.”<br />

Poucos sabiam o verdadeiro nome de Eriot, os que sabiam temiam a dizê-lo, pois eram<br />

amigos muito próximos ou eram aqueles que foram derrotados por ele em duelo.<br />

E “o cavaleiro sem teto” era considerado inimigo de sua alteza há algum tempo, desde<br />

que a expansão das terras reais começou ― exatamente um ano após esse inicio.<br />

E era exatamente essa época que passava nas lembranças de Eriot em meio à batalha,<br />

a mais difícil que ele estava tendo em tempos. Em sua frente, confrontando-o, estava Adrian,<br />

conhecido como “O Honrado”, sempre acreditando no caminho da espada e repugnando<br />

aqueles que o desrespeitavam.<br />

Na mente de Eriot, os tempos em que ele também era um subordinado do rei.<br />

***<br />

Um ano e seis meses antes, Taberna do Leão Manso, um lugar onde bardos, cavaleiros<br />

e guerreiros se reuniam para beber cerveja e contar suas aventuras.<br />

A algazarra era grande, os fanfarrões se embriagavam e soltavam fortes gargalhadas,<br />

elogios às damas que o serviam ou afrontas àqueles ao seu redor.<br />

Os guerreiros que ali frequentavam ― embora fedidos e peludos ― eram bem aceitos<br />

pelos talentosos e refinados bardos e os bem asseados e educados cavaleiros. Em uma das<br />

mesas, perto da janela, estava Eriot_“O Destemido”, cavaleiro de grandes honras e batalhas<br />

em nome do rei.<br />

Uma das donzelas que trabalhavam na taberna se aproximou para atendê-lo.<br />

― O que deseja, senhor? ― perguntou a moça, com um belo sorriso nos lábios.<br />

― Uma cerveja fria e um faisão ― disse ele, estendendo duas moedas de ouro.<br />

Espantada, a jovem donzela apressou-se em dizer.<br />

― Senhor, duas moedas de ouro é muito. A cerveja e o faisão custam apenas vinte<br />

moedas de prata.<br />

Eriot puxou uma das mãos da donzela e colocou as duas moedas sobre ela.<br />

― Pegue! Fique com uma para você e use a outra para pagar minha conta, mas não<br />

diga a seu patrão, pois ele pode querer lhe tirar a moeda que lhe dei. Conheço a ganância<br />

dos homens.

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