império do brazil - Fundação Biblioteca Nacional
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da rua <strong>do</strong> conde, entre o fim da rua <strong>do</strong> Areai, até ao começo de Matacavallos<br />
ou <strong>do</strong> Riachuello, e em vista deste beneficio o sena<strong>do</strong> da camara<br />
deu a nova rua, o nome de rua <strong>do</strong> Conde da Cunha.<br />
Em 1852 o sena<strong>do</strong> da câmara lhe mu<strong>do</strong>u o antigo nome de rua da<br />
Piolho, para o que hoje conserva de rua da Carioca.<br />
O la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong> que fica para o morro de Santo Antonio não tinha<br />
casas, e foi depois que o convento de S. Antonio em 18 de Março <strong>do</strong><br />
1741 cedeu de graça á Ordem Terceira de S. Francisco 20 braças de<br />
terreno de frente, no largo da Carioca, e duzentas e tantas braças de<br />
fun<strong>do</strong>; para a Ordem fazer o seu hospital, e a correnteza de casas terreas,<br />
que este anno de 1877 forão demolidas e substituídas pela correnteza<br />
de sobra<strong>do</strong>s é que á rua da Carioca se completou.<br />
O arruamento teve lugar no dia 3 de Outubro de 1741 com mil e<br />
quatro palmos de testada pela rua <strong>do</strong> Piolho, e com fun<strong>do</strong>s para o<br />
monte, corren<strong>do</strong> sempre pelo sub pé delle, partin<strong>do</strong> com chãos de<br />
Antonio Vaz Sardinha, e cia outra banda com chãos de Manoel de Moura<br />
Brito, onde antigamente foi a chacara de Jorge de Souza Barros, e depois<br />
de cheia a data de chãos <strong>do</strong> dito Manoel de Moura Brito, forão<br />
arruadas mais pelo sub-pé <strong>do</strong> monte, os chãos que ficarão até ao Portão<br />
da chacara em que de presente mora (1741) o mestre de campo<br />
desta praça Mathias Coelho de Souza, que constão de 725 palmos de<br />
testada, pela estrada que vai para a dita chacara, olhan<strong>do</strong> para a chacara<br />
de Jacintho Pereira e a Lagoa chamada da Sentinella, por direito<br />
retrocimento, com fun<strong>do</strong>s para o monte, partin<strong>do</strong> de uma e outra banda<br />
com os referi<strong>do</strong>s chãos de Manoel de Moura Brito e dita chacara <strong>do</strong><br />
mestre de campos. (Extracto <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos inéditos pertencentes ao<br />
archivo <strong>do</strong> convento de Santo Antonio <strong>do</strong> Rio de Janeiro.)<br />
Rua ão Ouvi<strong>do</strong>r tinha <strong>do</strong> la<strong>do</strong> direito 80 casas, e <strong>do</strong> esquer<strong>do</strong> 83<br />
CâSHiS •<br />
A rua <strong>do</strong> Ouvi<strong>do</strong>r na sua abertura em 1590 chamava-se rua<br />
de Aleixo Manoel, o velho, cujo invidividuo o encontrei no tombo<br />
<strong>do</strong>s jesuitas, moran<strong>do</strong> no morro <strong>do</strong> Castello em 1569. Depois ficou<br />
sen<strong>do</strong> chamada rua de Santa Cruz, por desembocar quasi em frente<br />
da igreja da Cruz; mais tarde chamou-se rua <strong>do</strong> padre Pedro Homem<br />
da Costa ; e <strong>do</strong> anno de 1780 em diante ficou sen<strong>do</strong> conhecida pela<br />
denominação de rua <strong>do</strong> Ouvi<strong>do</strong>r, por ir morar em uma casa (hoje n.<br />
64), sita nella, o Ouvi<strong>do</strong>r Francisco Berquó da Silveira, cuja propriedade<br />
foi tomada para residencia <strong>do</strong>s Ouvi<strong>do</strong>res. A grande casa n. 135<br />
onde está o hotel Ravot, era propriedade <strong>do</strong> desembarga<strong>do</strong>r Luiz José<br />
de Carvalho Mello, visconde da Cachoeira, e a cocheira era na casa n.<br />
142—botica Sulier em cuja frente hoje está o grande estabelecimento