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império do brazil - Fundação Biblioteca Nacional

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— 153 —<br />

que por baixo delia passavão, receiosos que desabasse, a qual o povo<br />

denominava pedra santa. E' tradição, que El-rei D, João VI quan<strong>do</strong><br />

ia ao Jardim Botânico, embarcava na Piassaba, em escaler, para lhe<br />

não passar por baixo. Desta pedra não existem vestigios, e creio, que<br />

foi quebrada para as obras e muralha da rua <strong>do</strong> Jardim Botânico. Em<br />

1855 foi nomeada pelo sena<strong>do</strong> da camara uma commissão composta <strong>do</strong><br />

conselheiro João Duarte Lisboa Serra, José Antonio de Oliveira e<br />

Silva e José Hermenegil<strong>do</strong> Xavier de Moraes, que por si e seus amigos,<br />

melhoraram a rua <strong>do</strong> Jardim Botânico, distinguin<strong>do</strong>-se neste empenho<br />

o commissario Oliveira e Silva, e por sobre to<strong>do</strong>s o cidadão francez<br />

Augusto Leliôrecy.<br />

Na rua da Boa Vista, passan<strong>do</strong> as Tres Vendas, foi construída a<br />

capella de N; Senhora da Conceição da Lagoa, hoje parochia da Gavea,<br />

e para a edificação delia, muito concorreo o major Victorino <strong>do</strong> Amaral,<br />

antigo mora<strong>do</strong>r <strong>do</strong> lugar.<br />

Primitivos povoa<strong>do</strong>res da Lagoa<br />

Os primeiros mora<strong>do</strong>res da Lagoa de Rodrigo de Freitas e suas<br />

immediações forão André de Leão e sua mulher Felippa Gomes, desde<br />

1570, Bartliolomeu de Seixas, Diogo de Amorim Soares e sua familia,<br />

desde 1598 a 1600; os emprega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> engenho de El-rei, de 1576 em<br />

diante; Sebastião Fagundes Varella e sua familia, Martim Barbosa,<br />

Francisco Caldas, Manoel Pinto, ourives, desde 1606 e outros.<br />

O 2° valle ou Bacia ãe S. Clemente e Botafogo é forma<strong>do</strong> pela linha<br />

de morros <strong>do</strong> Leme, Babylonia, Telegrapho, S. João, Urca, Pasma<strong>do</strong>,<br />

<strong>do</strong> Visconde da Gavea ou Piassaba, fican<strong>do</strong>-lhe em frente o morro <strong>do</strong><br />

Lehericy. Estes 2 morros fonnão a garganta por onde se atravessa<br />

para o valle da Lagoa de Rodrigo de Freitas. Na fralda <strong>do</strong> morro da<br />

Piassaba houve um fortim <strong>do</strong> qual ainda se vêem os restos de suas<br />

ruinas. Seguem circulan<strong>do</strong> o valle de S. Clemente as montanhas <strong>do</strong><br />

mesmo nome, as <strong>do</strong> Botafogo, feixan<strong>do</strong> o valle <strong>do</strong> Botafogo o conheci<strong>do</strong><br />

morro <strong>do</strong> Lery ou da viuva. Em to<strong>do</strong>s os mappas topographícos<br />

a maior parte desses montes não tem nomes, deven<strong>do</strong> ter<br />

para se determinar as localidades.<br />

Antigamente o grande valle de S. Clemente e Botafogo era forma<strong>do</strong><br />

de brejos e alagadiços, com restingas, haven<strong>do</strong> em Botafogo até 1780<br />

uma Lagoa, que se communicava como Salga<strong>do</strong>, corresponden<strong>do</strong> hoje<br />

da ruas de Olinda e á de D. Carlota.<br />

Este valle se estende <strong>do</strong> alto da Piassaba, Praia Vermelha, até o<br />

morro da Viuva, ten<strong>do</strong> no meio o morro de S Clemente e <strong>do</strong> Suzano,<br />

ou <strong>do</strong> Mathias (Mathias Francisco Marques, de 1821 em diante) e o<br />

<strong>do</strong> Brocó ou <strong>do</strong> cemiterio de S, João Baptista.

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