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império do brazil - Fundação Biblioteca Nacional

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— 156 —<br />

<strong>do</strong> Lery (e por corrupção <strong>do</strong> Lerippe) navega<strong>do</strong>r e historia<strong>do</strong>r francez,<br />

o qual residio 2 mezes na casa de pedra, perto deste morro, muito<br />

antes que Sebastião Gonçalves (Sapateiro) aforasse 100 braças de terras,<br />

ao conselho da camara, em 13 de Setembro de 1608, ao longo da<br />

praia da Carioca, hoje <strong>do</strong> Flamengo, antes praia <strong>do</strong> Sapateiro, para<br />

fazer casa egrangeria, entre o morro <strong>do</strong> Lery, e a ribeira da Carioca.<br />

Os frades de S. Bento em 29 de dezembro de 1618, aforarão 20<br />

braças <strong>do</strong> menciona<strong>do</strong> morro a 200 reis a braça, por anno,para tirarem<br />

pedra para as obras da Igreja e Mosteiro; mas o conselho, em conseqüência<br />

<strong>do</strong> morro ser grande, aforou com os terrenos adjacentes em<br />

tempos remotos á diversas pessoas, para olarias e estabelecimentos<br />

ruraes.<br />

Não ha muitos annos foi o morro <strong>do</strong> Lery compra<strong>do</strong> por Joaquim<br />

José Gomes de Barros, que sen<strong>do</strong> casa<strong>do</strong> com D. Joaquina Figueire<strong>do</strong><br />

Pereira de Barros, delle fican<strong>do</strong> viuva, e lhe caben<strong>do</strong> o morro em<br />

partilha, com o tempo foi perden<strong>do</strong> o nome primitivo de, Lerippe e<br />

ficou com o de morro da viuva, com o qual é hoje conheci<strong>do</strong>.<br />

3.° Bacia ou Valle das Langeiras e Catete é forma<strong>do</strong> pelos morros<br />

da Viuva, monte das Bastos, montanhas <strong>do</strong> Conde d'Eu, costão das<br />

montanhas das Larangeiras, Corcova<strong>do</strong>, D. Martha, Pedreira da Gloria<br />

u<strong>do</strong> Quintanilha, e a da Candeia ria, o morro <strong>do</strong> Pinheiro, o <strong>do</strong> dentista<br />

Carvalho, o morro da Gloria, o <strong>do</strong> Barão de Monserrate,<br />

vin<strong>do</strong> terminar no morro <strong>do</strong> Sisson, onde começa a rua da Lapa.<br />

Na base <strong>do</strong> pico <strong>do</strong> Corcova<strong>do</strong> nasce o Rio Carioca ou Catete, e<br />

modernamente rio das Larangeiras, por tres vertentes, que se reúnem<br />

um pouco abaixo, e <strong>do</strong> la<strong>do</strong> direito proximo ao lugar denomina<strong>do</strong><br />

Jardim, recebe um carrego, e mais abaixo, <strong>do</strong> la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong>, receben<strong>do</strong><br />

outro, entra no salga<strong>do</strong>, na praia <strong>do</strong> Sapateiro ou <strong>do</strong> Flamengo.<br />

O Valle das Larangeiras, foi um brejal, e no lugar onde está<br />

hoje a igreja matrizjla Gloria, e suas immediações, foi um alagadiço.<br />

Defronte <strong>do</strong> morro da Gloria, entre as ruas de Santo Amaro, e<br />

D, Luiza, foi o Sesmaria de 100 braças de frente e sertão, concedida<br />

em 1578 a João Lopes, que passan<strong>do</strong> com o tempo á outros, por fim<br />

tornou-se propriedade <strong>do</strong> coronel José Bento, pai de D. Luiza Clementina<br />

da Silva Couto.<br />

Os terrenos <strong>do</strong> Boqueirão da Gloria, hoje rua da Gloria, pertencerão<br />

ao capitão Francisco de Araújo Pereira; e a grande chacara<br />

onde se abrirão a rua da companhia da Copacabana e outras, pertenceu<br />

ao Brigadeiro Manoel Alves da Fonseca Costa. (Vid a minha Corographia<br />

Hist.)<br />

Os terrenos da rua <strong>do</strong> Passeio em frente <strong>do</strong> convento da Ajuda

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