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império do brazil - Fundação Biblioteca Nacional

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— 185 —<br />

que não conhscia a força da carta da <strong>do</strong>ação que lhe foi feita,<br />

dirigio-se aos afficiaes da camara, para se encarregai* da festividade<br />

de S. Sebastião, Padroeiro da cidade, visto que a confraria <strong>do</strong> mesmo<br />

santo, não a podia fazer, em vista de sua pobreza. O conselho da<br />

camara que já havia abusa<strong>do</strong>, dan<strong>do</strong> aforamentos das terras, a varias<br />

pessoas no perimetro das 6 legoas, tomou a si, a festa de S. Sebastião ,<br />

Padroeiro da cidade, e continuou no aforamento das terras <strong>do</strong> povo,<br />

como propriedade sua, salvas as dadas em Sesmarias aos particulares.<br />

Estabelecimento <strong>do</strong>s correios no Brazil<br />

O correio é o postilhão, cujo officio é correr a posta, e levar os<br />

despachos em deligencias, de um para outro lugar. Os gregos e<br />

romanos, tiverão correios a pé, em carro e a cavallo ; e Xenephonte,<br />

conta, que Cyro ten<strong>do</strong> examina<strong>do</strong> o que um cavallo podia correr naturalmente<br />

em um dia, estabeleceu cavallarices em oertas distancias.<br />

Em cada uma destas postas, a chegada <strong>do</strong> correio, um homem pegava<br />

na bolsa, e tomava um cavallo descança<strong>do</strong>, e havia de levar os despachos<br />

á outra parte, onde achava outro homem prompto cia mesma<br />

sorte ; e assim por diante, até chegar á corte.<br />

Julga-se que no Império romano, não havião postas regulares antes <strong>do</strong><br />

reina<strong>do</strong> de Augusto: na decadencia <strong>do</strong> Império, forão ellas despresadas<br />

no Occidenta, até que por fim a necessidade as renovou. Em Portugal ,<br />

El-rei D. João III, em 2 de Agosto de 1525, creou o Correio-Mór, proven<strong>do</strong><br />

este o leio em Luiz Homem, com um regi nento que lhe deo. Este<br />

estabelecimento tinha a sua conta as postas <strong>do</strong> reino, e a condução cias<br />

cartas e correspondência official.<br />

No Brazil principiou o correio a funccionar em 1663, com um regimento<br />

da<strong>do</strong> em 25 de Janeiro <strong>do</strong> mesmo anno. Para servir este ofíicio,<br />

no Rio de Janeiro, foi provi<strong>do</strong> o alteres João Cavalleiro Car<strong>do</strong>so em 19<br />

de Dezembro de 1663; e ainda em 2) de Setembro de 1710, foi ordena<strong>do</strong>,<br />

que se desse execcução a nomeação, que D. Izabel ile Faro fez, na pessoa<br />

<strong>do</strong> ajudante Antonio Alves da Costa, para servir de correio-mór desta<br />

cidade <strong>do</strong> Kio de Janeiro.<br />

Foi também, por algum tempo supprimi<strong>do</strong> este officio; mas depois foi<br />

de novo estabeleci<strong>do</strong> a requerimento cie Joaquim Antonio de Albergaria;<br />

e por carta regia de 6 de Abril de 1752, man<strong>do</strong>u el-rei D. José I .<br />

informar ao governa<strong>do</strong>r, com audiência da camara, e voto <strong>do</strong> commercio<br />

e nobreza da cidade, não se conseguin<strong>do</strong> por isso resulta<strong>do</strong> algum .<br />

Extincto o officio <strong>do</strong> correio-mór cio Reino, e <strong>do</strong>mínios ultramarinos<br />

por Decreto de 18 de Janeiro, e Alvará de 16 de Março de 1797, foi o correio<br />

incorpora<strong>do</strong> a corôa, e principiou por ella, administra<strong>do</strong> o correio<br />

em Lisboa, em 16 de Abril <strong>do</strong> mesmo anno; e logo depois, se encarregou,<br />

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