império do brazil - Fundação Biblioteca Nacional
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115 —<br />
Delinea<strong>do</strong> o terreno deu-se começo a abertura da rua em 1789,<br />
sen<strong>do</strong> embargada a obra pelo desembarga<strong>do</strong>r José Martins da Costa,'<br />
o qual conseguio accordão favoravel; mas em vista da provisão de 30 dê<br />
Agosto de 1792, e da necessidade da rua, foi mandada desobstruil-a<br />
e indemnisar o desembarga<strong>do</strong>r pelas bemfeitorias pelo que fossem<br />
avaliadas.<br />
O desembarga<strong>do</strong>r José Martins da Costa logo, que chegou de Lisboa,<br />
foi morar na rua <strong>do</strong> Lavradio, na casa hoje n. 40, pertencente a Antonio<br />
José Vianna á razão de 80 por mez, cujo aluguel nunca pagou ; e<br />
taes tratantices fez, combina<strong>do</strong> com o desembarga<strong>do</strong>r ouvi<strong>do</strong>r Francisco<br />
Alves de Andrade, que se ficou com o prédio e terrenos. O mesmo<br />
praticou com o carpinteiro Custodio Pinto de Oliveira que lhe não<br />
queren<strong>do</strong> vender <strong>do</strong>us lotes de terrenos contiguos e que fazem face<br />
com a rua, de accor<strong>do</strong> com a mulher de Custodio Pinto de Oliveira,<br />
fórma-lhe a culpa de mancebia, metten<strong>do</strong>-o na cadêa em principio <strong>do</strong><br />
anno de 1775, de cujo processo aggravan<strong>do</strong>, teve provimento e foi solto.<br />
O desembarga<strong>do</strong>r Costa se ficou com a mulher e a filha de Custodio,<br />
e na posse <strong>do</strong>s bens deste, depois <strong>do</strong> desquite. Custodio sem suas<br />
mulher e filha, e seus bens, foi viver <strong>do</strong> jornal que lhe dava o celebre<br />
esculptor Valentim da Fonseca e Silva. A exposição deste facto achase<br />
na Bibliotheca Publica.<br />
Rua <strong>do</strong> Rezende tinha em 1803 <strong>do</strong> la<strong>do</strong> direito 4 casas e <strong>do</strong> esquer<strong>do</strong><br />
13 casas.<br />
Esta rua foi mandada abrir em 1796 pelo conde de Rezende, sobre<br />
o pantanal de Pedro Dias, desde Matacavallos até a rua <strong>do</strong> Lavradio,<br />
e seguio até a rua <strong>do</strong>s Sarbonos, haven<strong>do</strong> pelo la<strong>do</strong> de Matacavallos<br />
uma grande valia parallela, que <strong>do</strong>bran<strong>do</strong> para terminar nos arcos,<br />
recebia outras valletas para o esgoto das aguas <strong>do</strong> pantano. Os mora<strong>do</strong>res<br />
das ruas <strong>do</strong> Conde da Cunha, Matacavallos, Inváli<strong>do</strong>s, Rezende<br />
e Arcos aterrara n os prasos que pediram, onde edificaram as casas<br />
que existem. Ainda em 1643, o prolongo cia rua <strong>do</strong>s Arcos, o caminho<br />
da Bica ou Mattacavallos, entre o morro de Santo Antonio, era uma<br />
lagoa.<br />
Rua <strong>do</strong>s Inváli<strong>do</strong>s tinha em 1808 <strong>do</strong> la<strong>do</strong> direito 19 casas e <strong>do</strong><br />
esquer<strong>do</strong> 7 casas.<br />
A rua <strong>do</strong>s Inváli<strong>do</strong>s antigamente chamada rua de S. Lourenço foi<br />
mandada abrir em 1791, pelo Vice-Rei Conde de Rezende, e nella proximo<br />
ao morro de Pedro Dias, hoje <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>, man<strong>do</strong>u reconstruir<br />
uma grande casa com espaçoso terreno, para asylo <strong>do</strong>s solda<strong>do</strong>s inváli<strong>do</strong>s.<br />
Ei-Rei D. João VI, fez da casa e chacara presente ao seu medico<br />
particular Dr. Manoel Vieira da Silva, Barão de Alvaiasere.<br />
Ultimamente passou a casa e chácara ao <strong>do</strong>minio e posse <strong>do</strong> Marquez