império do brazil - Fundação Biblioteca Nacional
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Regimento da<strong>do</strong> a Estacio de Sá antes de<br />
partir para o Brazil 1564<br />
« Que fosse demandar a Barra <strong>do</strong> Rio de Janeiro, e entrasse nella<br />
ao som de guerra, e a observasse alli as disposições e conselhos <strong>do</strong><br />
inimigo, e se achasse occasião, que promettesse esperança de victoria,<br />
procurasse tirar o inimigo ao mar alto, e ahi rompesse com elle, fazen<strong>do</strong><br />
sempre por conservar as pazes com os índios Tamoyos, e que<br />
não obrasse imprudências toman<strong>do</strong> sempre conselhos como Padre Nobrega,<br />
como homem exprimenta<strong>do</strong>- »<br />
E' manda<strong>do</strong> Estacio de Sá <strong>do</strong> Rio de Janeiro expulsar<br />
definitivamente os francezes e<br />
fundar um a cidade i564 1565.<br />
Constan<strong>do</strong> em Lisboa, que os francezes que escaparão <strong>do</strong> combate<br />
de 15 de Março de 1560, da<strong>do</strong> por Mem de Sá, auxilia<strong>do</strong>s pelos Tamoyos,<br />
se havião reuni<strong>do</strong> e reconstruí<strong>do</strong> o Forte Coligny, e queren<strong>do</strong><br />
o governo da Regente, a pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s padres Nobrega e Anchieta, não<br />
só mandar destruil-os, como fundar na Bahia <strong>do</strong> Rio de Janeiro uma<br />
cidade, foi encarrega<strong>do</strong> Estacio de Sá, sobrinho <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>r Mem de<br />
Sá, para esta empreza, o qual sahin<strong>do</strong> de Lisboa em princípios de<br />
Janeiro de 1564 chegou a Bahia em Fevereiro, e depois de bem auxilia<strong>do</strong><br />
por Mem de Sá, se fez de vela para o Sul, e chegan<strong>do</strong> á barra<br />
<strong>do</strong> Rio de Janeiro, ven<strong>do</strong> a fortíficação da barra, man<strong>do</strong>u um barco a<br />
S. Vicente com carta ao padre Nobrega, o qual vin<strong>do</strong> em Abril <strong>do</strong> mesmo<br />
anno com soccorros, que não sen<strong>do</strong> suficientes, se passarão a S. Vicente,<br />
e estan<strong>do</strong> ahi, man<strong>do</strong>u Belchior de Azeve<strong>do</strong> Prove<strong>do</strong>r-mór da<br />
capitania <strong>do</strong> Espirito-Santo, no Bergantim Santa Clara, para trazer<br />
gente e mantimentos. Com Belchior de Azeve<strong>do</strong> vierão para a<br />
guerra João de Andrade, Paulo Dias, o valente Gaspar Barbosa, Belchior<br />
de Castro, Francisco Dias Pinto, Jacome Coutinho, Jorge Ferreira,<br />
Antonio Maris e outros, onde se provêo de tu<strong>do</strong> e com 6 náos de<br />
guerra, barcos e canoas, se encaminhou para o Rio de Janeiro, onde<br />
chegarão em Março <strong>do</strong> anno seguinte de 1565; e entre o Penhasco <strong>do</strong><br />
Pão ãe Assucar e o morro fronteiro, desembarcou, com a infantaria,<br />
no Domingo de Pascôa, e ouvirão missa. (Quanto a guerra que principiou<br />
em Março de 1565 pode se ver na minha Corographia Histórica<br />
e no Brazil Historico.)<br />
Primeira povoação e <strong>Fundação</strong> da Villa<br />
Veliia 1565<br />
Estacio de Sá, entre o Penhasco <strong>do</strong> Pão de Assucar e o morro de<br />
S.João cui<strong>do</strong>u nas fortificações, na Igreja, cisterna para agua, que não<br />
havia, em cuja cisterna trabalharão José A<strong>do</strong>ano, genovêz, mora<strong>do</strong>r