império do brazil - Fundação Biblioteca Nacional
império do brazil - Fundação Biblioteca Nacional
império do brazil - Fundação Biblioteca Nacional
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
— 188 —<br />
vista da sentença de divorcio, obtida no juizo eccle B iastico. D. Anna<br />
Catharina de Alarcão residia nesta chacara, onde falleceo em 1701ç<br />
viven<strong>do</strong> ainda o mari<strong>do</strong>. A chacara se estendia pela frente da rua,<br />
desde os terrenos, á mão direita, <strong>do</strong> Dr. Luiz da Motta Leite, a intestar<br />
com Magdalena de Barros, na esquina, hoje da rua das Marrecas.<br />
Esta chacara, onde faileceo D. Anna Catharina de Alarcão, foi<br />
dada em partilha a seu filho Antonio da Fonseca Ron<strong>do</strong>n, que a vende o<br />
por escriptura publica, no dia 5 de Abril de 1714, a Antonio Martins<br />
Meira, pela quantia de cem mil réis, receben<strong>do</strong> á vista quarenta e <strong>do</strong>us<br />
mil réis, e o resto a pagamento com juros. No 1* de Abril de 1716 receben<strong>do</strong><br />
o restante <strong>do</strong> dinheiro, na importancia de cincoenta e oito<br />
mil réis e os juros da lei, passou nova escriptura geral e plena, com<br />
quitação de mais nada lhe dever, e poder dispor delia como fosse da<br />
sua vontade.<br />
Antonio Martins Meira, em Fevereiro de 1815, fez requerimento ao<br />
coaselho da camara, pedin<strong>do</strong> para cercar a sua chacara, comprada a<br />
Antonio da Fonseca Ron<strong>do</strong>n, que intestava com a de Luiz da Motta<br />
Leite, porque sen<strong>do</strong> homem casa<strong>do</strong> nesta cidade, e com varias obrigações<br />
a seu cargo, recebia grandes damnos <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res, que vivião<br />
nas casas de El-Rei, que lhe devassavão a sua chacara, e plantavão<br />
vários legumes, que vendião, com prejuizo seu, e por isso requeria<br />
licença para cercar os seus terrenos ; porque sabia que lhe tomarião os<br />
fun<strong>do</strong>s da dita chacara, por dizerem pertencer ás casas de El-Rei. A<br />
licença para Meira cercar a sua chacara, foi concedida no dia 22 <strong>do</strong><br />
mesmo mez de Fevereiro de 17Í5.<br />
Depois de estarem plena posse da chacara, casan<strong>do</strong> Antonio Martins,<br />
Meira uma filha com Estevão Nunes, a deu em <strong>do</strong>te ; e como seu genro<br />
contrahisse dividas, foi a mencionada chacara penhora !a e levada á<br />
praça, com duas escravas Maria e Anna, por Manoel da Silva Leitão,<br />
sen<strong>do</strong> de novo comprada, com as duas escravas, pela quantia de 324$<br />
pelo sogro Antonio Martins Meira.<br />
Em 7 de Julho de 1827, Antonio Martins Meira e sua mulher Paula<br />
Pinta, vendem a mesma chacara da rua da Ajuda, para o Desterro, a<br />
Manoel Barbosa Pereira por 350$00).<br />
Em 25 de Outubro de 1730, Manoel Barbosa Pereira representa ao<br />
conselh o da camara ter compra<strong>do</strong> a Antonio Martins Meira e a sua<br />
mulher Paula Pinta, a chacara que íaz testada pela rua de Nossa Senhora<br />
da Ajuda, para Nossa Senhora <strong>do</strong> Desterro, com limites da chachara<br />
de Luiz da.Motta Leite, e fun<strong>do</strong>s para os Arcos da Carioca Velhos,<br />
como tu<strong>do</strong> consta <strong>do</strong>s titulos que offerece, e consta das suas confrontações,<br />
e <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong> partião com os seus antecessores; e fican<strong>do</strong><br />
a camara inteirada, deu-lhe despacho em 2 de Dezembro <strong>do</strong> mesmo<br />
çtnno de 1730.