N.º 187 - Novembro 2007 - 2,00 euros - Inatel
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Editorial<br />
Editorial<br />
se-á, no Trindade, o III FESTINATEL, em recinto fechado,<br />
o qual pretende, por um lado, encerrar, simbolicamente,<br />
a agenda cultural do INATEL em <strong>2<strong>00</strong>7</strong>, e, por<br />
outro, constituir a mostra da oferta cultural dos nossos<br />
CCD – Centros de Cultura e Desporto – no domínio da<br />
Cultura Tradicional Portuguesa – festimúsica, folcloríada<br />
e teatrália – e da Cultura Tradicional de Língua<br />
Portuguesa, com a participação de grupos provenientes<br />
dos países e regiões da Lusofonia.<br />
FUNDAÇÃO_<br />
No rigoroso cumprimento do calendário do Governo – que<br />
pretende que a externalização do INATEL constitua “case<br />
study” de sucesso da Reforma Administrativa – S. Exa. o<br />
Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, em entrevista<br />
ao Jornal de Negócios, de 15 de Outubro, anunciou<br />
que a Proposta de Lei do Orçamento de Estado para 2<strong>00</strong>8<br />
incluirá o pedido de autorização legislativa para a transformação<br />
do INATEL em fundação de utilidade pública – concretizando-se<br />
o regresso à cultura fundacional do binómio<br />
FNAT – INATEL – bem como para a definição do respectivo<br />
estatuto de isenções e benefícios fiscais.<br />
Considerando a necessidade, constitucional e estatutária,<br />
da audição, no âmbito do processo legislativo da<br />
futura fundação, das Regiões Autónomas, Movimento<br />
Sindical e órgãos próprios do INATEL, prevejo que o<br />
próximo Estatuto esteja promulgado e publicado no<br />
decurso do primeiro semestre do próximo ano de 2<strong>00</strong>8.<br />
IVA - REEMBOLSO_<br />
O INATEL entregou à Administração Fiscal o pedido de<br />
reembolso de 7 milhões de <strong>euros</strong> de IVA, o que, na última<br />
década, um sistema informático anacrónico nunca<br />
havia permitido.<br />
Espero, agora, que os serviços de fiscalização do IVA<br />
desencadeiem o subsequente procedimento de auditoria<br />
e certificação do pedido de reembolso, destinado à<br />
óbvia clarificação da situação fiscal do INATEL a 31 de<br />
Dezembro de <strong>2<strong>00</strong>7</strong>, no seu último ano de existência<br />
como instituto público.<br />
SISTEMA SAP_<br />
Com a consultadoria do INESC – Instituto Nacional de<br />
Engenharia de Sistemas e Computação, da Univer-<br />
6 TempoLivre <strong>Novembro</strong> <strong>2<strong>00</strong>7</strong><br />
sidade Técnica de Lisboa - e do INA – Instituto Nacional<br />
de Administração, da Presidência do Conselho de<br />
Ministros - e a participação activa dos respectivos presidentes<br />
- Prof. Doutor José Tribolet e eng<strong>º</strong> Afonso Lucas –<br />
o INATEL vem refundando o seu sistema de organização<br />
e informática, com introdução de uma cultura<br />
empresarial, tendente, em poucos anos, à desejável “no<br />
paper administration”, ou seja, à gestão com o mínimo<br />
possível de recurso à burocracia e ao suporte de papel.<br />
Este enorme salto tecnológico e de mentalidade pressupõe<br />
o paralelo investimento e esforço na formação e<br />
reciclagem massiva da comunidade de trabalho, cujo<br />
programa, para 2<strong>00</strong>8, se encontra na recta final de negociação<br />
com o INA.<br />
TRATADO DE LISBOA_<br />
Está de parabéns a terceira e, previsivelmente, última<br />
Presidência Portuguesa da União Europeia e a nossa<br />
Diplomacia pela grande competência, dignidade e<br />
sucesso com que decorreu a negociação do Tratado de<br />
Lisboa, o novo Tratado Constitucional ou Reformador.<br />
Portugal prova, mais uma vez, que o mais velho<br />
Estado-nação da Europa Ocidental pode constituir o<br />
interlocutor adequado à obtenção do consenso generalizado<br />
dos 27 para a definição da estrutura orgânica e<br />
competências da União Europeia alargada e em<br />
vésperas de novos alargamentos.<br />
Parece encerrada a crise constitucional da União<br />
Europeia, subsequente à rejeição, pelos referendos da<br />
França e da Holanda, do projecto de Tratado<br />
Constitucional de Valery Giscard d’ Estaing.<br />
Pessoalmente, penso que Portugal – como país desenvolvido<br />
– não tem qualquer futuro fora da União<br />
Europeia. A onze anos de distância, recordo e saúdo a<br />
coragem política e o sentido estratégico de Mário Soares,<br />
quando, em 1986, integrou Portugal, como membro de<br />
pleno direito, na então CEE – Comunidade Económica<br />
Europeia – contra o parecer da fina flor dos economistas<br />
e empresários do tempo.<br />
Considero, ainda, como cidadão, que a Europa constitui<br />
matéria essencial e incontornável do quotidiano e<br />
futuro dos portugueses - no, ainda muito jovem, século<br />
XXI – pelo que a agenda europeia – incluindo o Tratado<br />
de Lisboa – deve ser explicada, discutida e referendada<br />
pela Nação Portuguesa, na qual reside a soberania de<br />
Portugal. ■