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Ciclo Origens da Academia - Academia Brasileira de Letras

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Lúcio <strong>de</strong> Mendonça, o fun<strong>da</strong>dor <strong>da</strong> ABL<br />

Geográfico Brasileiro um instituto literário para preencher essa lacuna.” A enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

não chegou a funcionar, e to<strong>da</strong>s as iniciativas foram sem êxito.<br />

A associação literária seria dividi<strong>da</strong> nas seguintes seções: a) literatura propriamente<br />

dita, subdividindo-se em prosaica e poética; b) lingüística; c) literatura<br />

dramática. Uma comissão composta <strong>de</strong> Joaquim Caetano, Frei Rodrigo<br />

<strong>de</strong> São José, Sales Torres Homem, Araújo Porto-Alegre e Raposo <strong>de</strong><br />

Almei<strong>da</strong>, <strong>de</strong>u parecer favorável à iniciativa, e para que a nova instituição fosse<br />

<strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Brasileira</strong>. Entretanto, a planeja<strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> não<br />

chegou a funcionar.<br />

Durante o Império, nas palestras literárias que sob a presidência do Imperador<br />

se realizavam em São Cristóvão, mais <strong>de</strong> uma vez tratou-se do assunto.<br />

Francisco Otaviano chegou a reunir, no Liceu <strong>de</strong> Artes e Ofícios, homens <strong>de</strong><br />

letras para criar a associação. É a Associação dos Homens <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> do Brasil,<br />

solenemente inaugura<strong>da</strong> a 30 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1883, na se<strong>de</strong> do Liceu <strong>de</strong> Artes e<br />

Ofícios, sob a presidência do Conselheiro Pereira <strong>da</strong> Silva, e com a presença<br />

do Imperador, <strong>da</strong> Princesa Isabel e do Con<strong>de</strong> d’Eu. Os discursos proferidos e<br />

trabalhos lidos foram reunidos em livro que traz como apêndice a proposta <strong>de</strong><br />

se criar uma instituição. A socie<strong>da</strong><strong>de</strong> teve vi<strong>da</strong> efêmera, dissolvendo-se logo em<br />

segui<strong>da</strong>. O Imperador mostrava-se partidário <strong>da</strong> idéia, e nas palestras literárias<br />

que se realizavam em São Cristóvão, o Barão <strong>de</strong> Loreto leu a tradução <strong>da</strong> Evangelina<br />

<strong>de</strong> Longfellow.<br />

Ao escrever em 1934 a biografia do pai, os filhos <strong>de</strong> Lúcio, Edgard e Carlos<br />

Sussekind <strong>de</strong> Mendonça assinalaram que “a documentação <strong>de</strong> seu esforço<br />

pela criação <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> já está to<strong>da</strong> feita. Mesmo ao reconhecimento <strong>da</strong><br />

sua priori<strong>da</strong><strong>de</strong>, como i<strong>de</strong>alizador, e <strong>da</strong> sua <strong>de</strong>dicação ao realizá-la, na<strong>da</strong> há a<br />

acrescentar”.<br />

Passados quase setenta anos, essa afirmação <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser veicula<strong>da</strong> como<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira e raramente seu nome é lembrado. Por ocasião do centenário <strong>da</strong><br />

Instituição, nenhuma referência foi feita ao seu nome, salvo a lembrança <strong>de</strong> um<br />

acadêmico <strong>de</strong> conce<strong>de</strong>r-lhe a Me<strong>da</strong>lha do Centenário in memoriam, outorga<strong>da</strong> a<br />

<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> pessoas vivas.<br />

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