Ciclo Origens da Academia - Academia Brasileira de Letras
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Afonso Arinos, filho<br />
uma vaga que lhe permitisse falar <strong>de</strong> Pernambuco largamente, mas teria que escolher<br />
entre mim e o Oliveira Lima, e nenhum dos dois ele podia preferir ao<br />
outro. Em todo caso, alguém mais <strong>da</strong> filosofia que o Dória. Mas é odioso esperar<br />
vagas <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s.”<br />
Em 27 <strong>de</strong> maio, Nabuco reiterava: “Como, para a vaga do Barão <strong>de</strong> Loreto,<br />
só concorreu o Dr. Artur Orlando, o meu voto, prometido a ele sob condição<br />
<strong>de</strong> não ser o Jaceguai nem o Assis Brasil candi<strong>da</strong>to, é <strong>de</strong>le ipso facto. Sob a mesma<br />
condição, dou o meu voto na eleição para a vaga do Dr. Teixeira <strong>de</strong> Melo ao<br />
Paulo Barreto. Concorrendo ou o Jaceguai ou o Assis Brasil, o meu voto será<br />
do que concorrer. Concorrendo os dois, do Jaceguai. Terei sido quem o animou<br />
a apresentar-se, e tenho sempre sustentado que a Marinha falta na nossa<br />
<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> (assim como o Exército [...]), por isso votarei no Jaceguai, por mais<br />
que me custe não po<strong>de</strong>r <strong>da</strong>r também o meu voto ao meu colega Assis Brasil.<br />
Queira V. votar por mim <strong>de</strong> acordo com estas instruções.”<br />
No ano seguinte, em fevereiro, Nabuco explicaria a Machado o alcance dos<br />
sentimentos que o inclinavam a favor dos Estados Unidos na política internacional:<br />
“Muito prazer tive com a simpatia mútua entre o nosso povo e os americanos.<br />
A Haia ia-nos fazendo per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista a nossa única política possível.<br />
Eu, em diplomacia, nunca perdi um só dia o sentido <strong>da</strong> proporçãoeo<strong>da</strong>reali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
É que um indivíduo po<strong>de</strong> sempre fugir à <strong>de</strong>sonra e ao cativeiro, mas as<br />
nações não se po<strong>de</strong>m matar como ele. Alguns milhares morrerão em combate,<br />
mas a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> passa sob o jugo. As maiores nações procuram, hoje, garantir-se<br />
por meio <strong>de</strong> alianças; como po<strong>de</strong>m as nações in<strong>de</strong>fesas contar somente<br />
consigo? E, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o nosso único apoio possível é este, por que não fazermos<br />
tudo para que ele não nos venha a faltar? Essa é a minha intuição, e tive,<br />
por isso, o maior prazer com esse renascimento <strong>da</strong> simpatia entre as duas nações<br />
por ocasião <strong>da</strong> visita <strong>da</strong> esquadra americana.”<br />
Esta não fora sempre, to<strong>da</strong>via, sua visão dos Estados Unidos. Em fevereiro <strong>de</strong><br />
1899, escrevendo, do Rio, a Carlos Magalhães <strong>de</strong> Azeredo, Nabuco dizia-lhe<br />
estar entre os “convencidos <strong>de</strong> que a nossa <strong>de</strong>cadência nacional começou; que<br />
entramos na órbita americana, como Cuba ou as Filipinas, o México ou a<br />
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