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: : ::::::::í::x::í::;-;í: Quinzena Trabalhadores CIAS. de ELETRICIDADE Data-base «eposlçío perdas ELETRIOTÁRIOS: RESULTADO DAS GREVES Produtividade (aumento real) URPdo databas* Perda Plano Bresser LIGHT-RIO outubro 65,23% 4% - 26,06% 116% FURNAS novembro 53,74% ■4% CELESC (Sta Catarina) flaajuste Total Outras Cooqulstafi — Estabilidade por 12 meses 2 salários de abono pi compensar perdas do ano (80% URP dezembro) - 93% Não punição grevistas outubro 65,21% 4% (21,39 URP NOVEMBRO) - 106% Garantia de emprego COPEL (Paraná) outubro 43,68% 3,11% — - 48% CELPE (Pernambuco CEMIG (Minas Gerais) novembro 46,22% 4% (85% URP novembro) - 80% outubro 66,08% 4% — 26,06% 118% ELETRONORTE novembro 66,08% 8,8% — - 80% ELETROBRÁS novembro 53,75% 4,8% — 15% 86% COELBA (Bahia) novembro 66,08% 0,8% CHESP novembro 66,08% 0,8% ELETROSUL: UMA GRANDE VITÓRIA Os companheiros da Eletrosul acabam de encerrar sua Campanha Salarial após uma greve de 37 dias. Não foi apenas a greve mais longa do setor energético. A história desse movimento mostra por um lado que o objetivo do governo da "Nova Repú- blica" é ignorar a Constituição apro- vada e tentar destruir a organização dos trabalhadores. Quando organiza- dos, os trabalhadores são capazes de resistir e impedir que seus direitos sejam roubados. A grande e maior reivindicação desde o princípio da Campanha era a manutenção da garantia de emprego nos termos do acordo anterior, ou se- ja, os únicos motivos para demissão era falta grave (justa causa) ou razões técnico-financeiras desde que comprovado por parte da empresa. Ao não ver esta e as outras reivindicações atendidas, a categoria decidiu ir a greve e após 10 dias de paralização a direção da Eletrosul respondeu com um violento processo repressivo, iniciando demissões em massa. Foram 70 companheiros demi- tidos, sendo 55 contratados e 15 efeti- vos (operadores). Além disso foram aplicadas 44 punições, sendo 2 adver- tências e 42 suspensões do contrato de trabalho (7 a 20 dias). Ao mesmo tempo em que demitia os trabalhadores, a Eletrosul interviu no controle da manutenção e operação do sistema, até então a cargo do Sindica- to, que cumpria decisão de assembléia, de manter o sistema em funcionamen- to. Para isso a empresa constituiu o chamado "Coroando Delta", compos- (95% URP dezembro) - 109% já havia conquistado antecipaçftes du- rante ano. MOCe estuda admissões atuais. Estabilidade por 60 dias. Não punição grevistas. Inflação atingir 30% dispara gatilho Nâo punição grevistas. Pagamento de 50% dos 7 dias parados. Admitir a MOC Pagamento de curva salarial Pagamento de curva salarial (reajuste) média de 31% Nâo punição 31 dias de greve Dissídio na justiça (26,05 URP dezembro) - 111% Não punição grevistas. Empresa paqa 15 dias parados. to por chefias e técnicos chamados de outras empresas como a CELESC e Itaipu, o que colocou o sistema em situação de alto risco, pois até engenheiro florestal e sanitarista passaram a operar as usinas. A escalada repressiva, sem limites, empregada pela Eletrosul visava cla- ramente forçar o retorno ao trabalho, derrotar o movimento e com isso desgastar o Sindicato junto a categoria. Os companlieiros, no entanto, não se renderam à violência e à repressão e decidiram manter a greve, definindo como prioridade a partir de então, a luta pelas readmissões. Foram feitas gestões junto aos par- lamentares, deputados e senadores vi- sando abrir negociações via mediação do Ministério do Trabalho, Minas e Energia e a própria Presidência da República. Diante da total irresponsabilidade de todos os setores governamentais, uma nova. proposta surgiu no movimento, que ilustra bem seu nivel de politização: 39 companheiros optaram voluntariamente pela adesão a uma greve de fome, que teve duração de 8 dias. Foi preciso por em risco a saúde e a vida de tantos trabalhadores para forçar a mudança de posição e o recuo dos "governantes". Novas gestões feitas com a interme- diação direta da Central Única dos Trabalhadores levaram á uma reunião entre Sindicato. CUT e a presidência da Eletrosul, de onae sairia a proposta que reverteria a situação. A luta travada cm 37 dias de greve, foi amplamente compensada pelos resultados finais: transformação das 70 demissões em 64 suspensões do contrato de trabalho por 10 dias e 6 afastamentos do trabalho com aber- tura de inquérito, mantendo venci- mento; transformação das 42 suspen- sões em advertências e manutenção da garantia de emprego por 1 ano. No campo econômico, as conquistas também foram expressivas: IPC inte- gral (66,08%), Produtividade de 4»7o e um ganho real de 15%, totalizando 98,63%. Foi sem duvida uma vitória históri- ca, sobre a qual nos congratulamos pela combatividade e disposição de luta dos companheiros e por enten- dermos tratar-se de um salto de quali- dade no encaminhamento das formas organizadas de luta, que certamente contribuirá para o acúmulo de expe- riências da classe trabalhadora. (Fonte: Nós, Boletim da Associação dos Empregados da CESP, dez/88)
Curtas A TRILHA DA IMPUNIDADE A CPT (Comissão Pastoral da Ter- ra) divulgou no dia 03/01/89 uma lista denunciando que apenas no período de 21 de novembro a 29 de dezembro do ano passado, 11 pessoas foram as- sassinadas por conflitos de terra: 5 lavradores na Bahia, 2 posseiros em Goiás, 1 advogado no Pará, 1 criança de seis meses, filha de lavradores baianos. Ali 5 vítima foi o ecologista e sindicalista Chico Mendes. (Fonte: Folha Bancária, 04/01/89). PREFEITO SOFRE ATENTADO EM MATO GROSSO O prefeito de Porto Alegre do Norte, Mato Grosso, Rodolfo Alexan- dre Inácio, o "Cascão", foi vítima de um atentado a bala no ultimo dia 20. Seu carro recebeu pelo menos 30 ba- las, disparadas por cinco pistoleiros da região. No atentado, Cascão sofreu dois tiros, sendo também ferido seu segurança. Sua mulher, que também estava no carro, conseguiu sair ilesa. Internado no hospital municipal, o prefeito Cascão revelou que o man- dante do crime foi o membro da DDR e candidato derrotado a prefeito Luiz Machado, conhecido na cidade como "Luiz Bang-bang". Velho Conflito Além da derrota que o prefeito Ro- dolfo Alexandre impôs a Luiz Bang- bang, nas últimas eleições, fazendo seu sucessor o ex presidente do Sindi- cato de trabalhadores Rurais, Pedro Fernandes, o pano de fundo dessa tentativa de assasinato é o conflito entre posseiros e latifundiários. Du- rante os seis anos de mandato, Cascão desenvolveu um programa de apoio aos cerca de três mil posseiros do mu- nicípio. O apoio aos pequenos pro- dutores fez do prefeito um alvo cons- tante dos membros da UDR- conforme constantes denúncias feitas por Cas- cão. Três dias após o atentado, foram capturados os pistoleiros "Ferreiri- nha" e "Mato Grosso", que confessa- ram sua participação no atentado e que agiram a mando de Luiz Bang- bang, que não foi encontrado pela po- lícia. Espera-se que com a confissão dos pistoleiros a Polícia possa chegar a outros crimes praticados por latifun- diários da região inclusive o massacre de posseiros ocorrido há cerca de quatro anos. (Fonte: Aconteceu, nov./dez./88). FUNDADO O COMnÉ DO MERCÚRIO Com o objetivo de discutir a am- plitude o uso e dos riscos do mercúrio na indústria e em outras atividades, foi fundado, em setembro, pela Fun- dacentro (órgão técnico do Ministério do Trabalho), o Comitê de Estudos do Mercúrio. A composição desse Comitê é tripartite, formada por representan- tes dos trabalhadores, patrões e governo. Do lado patronal, a representação está a cargo de um membro do SESI, um do Sinproquim (Sindicato das In- dústrias) e outro da Abiclor (Associa- ção das Indústrias de Cloro e Soda). Pelo lado dos trabalhadores estão o companheiro Remi, diretor do nosso Sindicato.o engenheiro Nilton Freitas, assessor do Diesat no nosso Sindicato e o companheiro Lorival, do Sindicato dos Plásticos de São Paulo. Pelo governo estão um técnico da Fundacen- tro, um da Faculdade de Medicina da USP e um do SUDS. Para a coorde- nação do Comitê foi eleita a Dra Nair Ciochetti, coordenadora de acidentes do trabalho do Ministério Público. A luta dos trabalhadores da Eletro- cloro e da categoria como um todo, contra a contaminação por mercúrio, foi o ponto de partida para a discussão a nível nacional dos riscos que este produto oferece á saúde e ao meio- ambiente, e também, para a definição na previdência social, dos parâmetros de diagnósticos da doença hidrargi- rismo dos benefícios a que tem direito o trabalhador contaminado. (Fonte: Sindicato dos Químicos do ABC, Sin- diquim n- 243). Trabalhadores Não Saiu Mo Jornal MANIFESTO DE REPUDIO E SOLIDARIEDADE A Igreja no Mato Grosso do Sul, Brasil - Bispos, Padres, Rehgio- sos(as), Leigos(as) reunidos na 2- As- sembléia do Regional Oeste 1 - Cam- po Grande, tomou conhecimento dos fatos ocorridos em Concepcion - Pa- raguai, culminando na prisão domici- liar e incomunicabilidade de Dom Anibal M. Freitas, no dia 22 de novembro de 1988. Diante disto a Assembléia envia este manifesto de repúdio ao Governo Paraguaio, aos Militares e a todos os que estão diretamente envolvidos neste ato de repressão e desrespeito à Igreja e ao Povo Paraguaio. Este ato é fruto do regime autoritário e ditatorial que há mais de três décadas vem se perpetuando no Paraguai. A Assembléia reconhece que esta repressão não atinge somente o Bispo e sua Igreja, mas a todo o Povo Para- guaio e seus anseios de justiça, liber- dade, igualdade, fraternidade. Exigimos a imediata punição dos responsáveis e a retratação no que fe- riu a dignidade do Bispo Dom Anibal, da sua Igreja e do seu povo. Expressamos ao mesmo tempo, além de nossa prece a Cristo Liberta- dor, nossa solidariedade irrestrita à Igreja Paraguaia e ao seu povo. Sa- bemos que este conflito de que é víti- ma a pessoa de Dom Anibal, é conse- qüência do anúncio do Evangelho e sua prática firme, profética e coerente assumida pela Igreja Paraguaia. Compromtemo-nos a divulgar o fato em todas as nossas Dioceses, Comunidades e Organizações que promovem a defesa da vida no Mato Grosso do Sul e em todo o Brasil. Campo Grande, 26 de novembro de 1988.
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