Amaxônia e doMovimento Sindical. - Centro de Documentação e ...
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trabalhadores está bastante satisfeita com sua organiza-<br />
ção sindical. Assim, 75% dos filiados consi<strong>de</strong>ram o <strong>de</strong>-<br />
sempenho dos <strong>de</strong>legados sindicais bom e muito bom.<br />
ORGANIZAÇÃO DAS UNIÕES<br />
A estrutura orgânica das uniões varia ligeiramente en-<br />
tre uma e outra, conservando, no entanto, as linhas es-<br />
sências. Cada união possui na base um clube sindical,<br />
uma subsencional e um <strong>de</strong>legado <strong>de</strong> contato.<br />
Acima <strong>de</strong>ssas organizações estão as sencionais, que<br />
nos últimos anos, através <strong>de</strong> fusões, têm se transforma-<br />
do em uniões, constituindo unida<strong>de</strong>s relativamente gran-<br />
<strong>de</strong>s.<br />
Com isso, a criação <strong>de</strong> uma boa base econômica tem<br />
Em Tempo - Jan/89<br />
Internacional<br />
permitido a contratação <strong>de</strong> pessoal técnico especializa-<br />
do, liberando os <strong>de</strong>legados sindicais <strong>de</strong> tarefas rotineiras,<br />
a fim <strong>de</strong> que possam se concentrar no trabalho sindical<br />
básico e proporcionar assistência aos sindicalistas nas<br />
negociações. A criação <strong>de</strong> sencionais gran<strong>de</strong>s tem facili-<br />
tado também a transferência <strong>de</strong> tarefas essências das<br />
uniões nacionais às sencionais.<br />
A nível nacional, a união é dirigida por um comitê exe-<br />
cutivo e um conselho (equivalente à assembléia <strong>de</strong> re-<br />
presentantes da LO). O órgão supremo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão é o<br />
congresso e a maioria das uniões o realizam a cada qua-<br />
tro anos. Geralmente, as uniões nacionais têm conselhos<br />
<strong>de</strong> convênios, compostos por representantes eleitos em<br />
todo o país, assessorando em questões relacionadas às<br />
negociações.<br />
A <strong>de</strong>fesa da <strong>de</strong>mocracia<br />
na revolução<br />
,— ■ ^ÚT^Carlos<br />
í ' onseCfl I Lo ^Democracia<br />
obtido pelo W 0 Américas'\<br />
{ y Revolución eni<br />
Orlando mnez ^^<br />
americano Roge ir uma<br />
entrevista com ^ dinisía e<br />
40 anos, *"%%0?do <strong>Centro</strong><br />
atualmente ^tor ^<br />
analisa a expe<strong>de</strong> <strong>de</strong> questões<br />
^ r0p0e nT<strong>de</strong>Ze entre os<br />
para<br />
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o «^ . Iflí «o-<br />
^ erÍcan0 d S a <strong>de</strong>mocracia e do<br />
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— ■<br />
,,,:.-:...■ : : .>. V.<br />
Qual é o tema centrai do que você<br />
se ocupa no livro "Democracia<br />
y Revoiución en Ias Américas"?<br />
Nunez — Abor<strong>de</strong>i no livro o <strong>de</strong>bate<br />
que me parece mais significativo: entre<br />
os que colocam como estratégia a toma-<br />
da do po<strong>de</strong>r (que eu chamo revolução<br />
política) e os que afirmam que a estraté-<br />
gia tem <strong>de</strong> ser a busca <strong>de</strong> transformações<br />
sociais e econômicas.<br />
O marxismo tradicional quando pensa<br />
na revolução, tem em vista as transfor-<br />
mações sòcio-econômicas e a estratégia<br />
<strong>de</strong>stas transformações. Pelo contrário,<br />
pensa pouco em termos <strong>de</strong> luta concreta<br />
para a tomada do po<strong>de</strong>r. É claro que<br />
existe uma articulação entre os dois ex-<br />
tremos, mas uma ênfase muito gran<strong>de</strong><br />
nas transformações sòcio-econômicas<br />
tornou muito difícil assumir as tarefas<br />
das transformações políticas.<br />
— Você propõe a idéia <strong>de</strong> um bloco<br />
do proletariado com diferentes setores<br />
camponeses e com o que você chama a<br />
terceira força social, não sendo este um<br />
conceito que busca reintroduzir a bur-<br />
guesia na aliança.<br />
Nunez — A noção <strong>de</strong> terceira força é<br />
uma maneira <strong>de</strong> provocar a discussão.<br />
Existe uma primeira força, o proletaria-<br />
do; existe uma segunda força, o campe-<br />
sinato. Não tenho a pretensão <strong>de</strong> formu-<br />
lar um conceito acabado. O que busco é<br />
fazer com que os revolucionários com-<br />
preendam que, se pensam em fazer a re-<br />
volução política, é necessário dirigir a<br />
maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forças sociais pos-<br />
sível. Não se <strong>de</strong>ve ser purista. Jamais os<br />
burgueses disseram: "aqueles que não<br />
são burgueses não po<strong>de</strong>m lutar a favor<br />
<strong>de</strong> nosso projeto". Em contrapartida,<br />
passamos anos discutindo sobre a pure-<br />
za das forças sociais que po<strong>de</strong>m partici-<br />
par na luta pela tomada do po<strong>de</strong>r.<br />
Outra coisa é <strong>de</strong>terminar quais são as<br />
forças que vão participar das transfor-<br />
mações históricas após a tomada do po-<br />
<strong>de</strong>r. E aí correspon<strong>de</strong> ao proletariado<br />
um papel <strong>de</strong> vanguarda mais <strong>de</strong>stacado.<br />
Dai busco "provocar" o <strong>de</strong>bate ao<br />
conferir toda a importância a numerosos<br />
movimentos como o <strong>de</strong> mulheres, <strong>de</strong> es-