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Versão eletrônica - Furb

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No ano de 1947, um grupo de cafuzos ocupa a Reserva Duque de Caxias, onde<br />

passa a residir. Estes cafuzos são remanescentes da Guerra do Contestado. (GOULART,<br />

2000, p. 199).<br />

Já em 05 de novembro de 1952, é estabelecido um acordo entre o Estado e o antigo<br />

Serviço de Proteção aos Índios (SPI), reduzindo a área da reserva de 20.000 para 14.000<br />

hectares.<br />

No mês de março de 1976, os indígenas vêem ser iniciada a construção da Barragem<br />

Norte, pela empresa CONVAP – Alcino Vieira S.A. Com o início da construção desta<br />

barragem, o Posto Indígena passa a sofrer grandes inundações em sua área. Isto aconteceu<br />

entre os anos de 1978 e 1979.<br />

No dia 08 de outubro de 1979, ocorre a migração dos habitantes da Aldeia Sede para<br />

a Aldeia Bugio, devido às inundações na área. Com a migração dos indígenas para a Aldeia<br />

Bugio, inicia-se uma intensa atividade extrativa de madeira na Reserva Duque de Caxias no<br />

ano de 1981.<br />

Já em 23 de junho de1981, é criada uma comissão indígena para lutar pelos seus<br />

direitos frente à construção da barragem, sem a participação dos cafuzos e guaranis.<br />

De 1982 a 1988, ocorrem enchentes freqüentes, assolando municípios catarinenses.<br />

Ainda em 1982 ocorre um incidente entre a família Faustino e os habitantes do Posto<br />

Indígena por disputa de terras agricultáveis. Ainda neste ano, uma menina índia é atacada por<br />

meningite vindo a falecer por falta de transporte (GOULART, 2000, p. 201).<br />

Em 15 de novembro de 1989, é eleito vereador o índio Elpídio Priprá, pela Reserva<br />

Duque de Caxias. Este feito marca o início da participação dos índios na vida política.<br />

Com a retirada das famílias indígenas da área onde foi construída a barragem norte,<br />

o povo passa a viver precariamente na Aldeia Bugio e vai em busca de seus direitos junto à<br />

FUNAI, cobrando desta a promessa de construção de 188 casas na Comunidade. Isto ocorre<br />

em 21 de fevereiro de 1993.<br />

Já em 19 de abril de 1995 ocorrem atritos entre colonos e índios em José Boiteux.<br />

Estes atritos são ocasionados pela venda indevida de terras da área da reserva (GOULART,<br />

2000, p. 204). Os conflitos relacionados à obtenção das terras vão tornando os ânimos cada<br />

vez mais acirrados, fazendo com que a FUNAI, em 20 de abril de 1995, comprometa-se a<br />

fazer a cartografia da Reserva Indígena para instituir o processo de defesa da comunidade da<br />

aldeia no conflito pela posse dos 275 hectares dos herdeiros do pacificador ocupados por<br />

colonos há 25 anos.

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