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Versão eletrônica - Furb

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mestiço), Generino Hoerhann (filho do Pacificador) dentre outros. Nesta escola, aprendia-se a<br />

ler em português. O material escolar reduzia-se ao quadro negro e giz. (KOCH, 2002, p. 259)<br />

Após a morte do professor polonês, muitos outros o sucederam. Desde 1955, o<br />

professor Olímpio da Silva Nunfoorô exercia esta atividade. Conforme Santos, (1973, p. 277):<br />

“Sua instrução era primária, obtida com o professor fundador da escola do posto. Seus<br />

métodos e técnicas de ensino eram tradicionais e superados. Mas ele conhecia a língua<br />

indígena e era um curioso das tradições tribais, além de ser um membro ativo da Igreja<br />

Assembléia de Deus”.<br />

Sobre a escola, Santos ainda relata (1979, p. 276-7): “No ano de 1967, a escola<br />

atendia a 57 alunos, 27 do sexo masculino e 30 do feminino. Desses escolares, 38 estavam<br />

matriculados na 1ª série; 12 encontravam-se na 2ª série; e 07 freqüentavam a 3ª série. Alguns<br />

desses alunos eram civilizados e mestiços. A maioria descendia dos Xokleng”.<br />

Ainda, segundo o autor, o funcionamento da escola era segundo o modelo brasileiro<br />

de escola isolada. Somente um professor era responsável pelo ensino. Em sua maioria, os<br />

professores não possuíam habilitação para o trabalho e desconheciam a cultura indígena<br />

(SANTOS, 1973).<br />

No ano de l979, ocorre a migração dos habitantes da reserva indígena Sede, para o<br />

Bugio, devido à ocorrência de enchentes na área. Com isto, a Comunidade Bugio passa a<br />

organizar-se e buscar junto à FUNAI, ajuda para suas reivindicações (Histórico da Escola/<br />

2002). Dentre as reivindicações estavam a construção de casas e de uma escola, sendo que até<br />

este momento, todos convivam harmonicamente em um só espaço, onde as casas ficavam<br />

próximas umas as outras e conseguiam manter assim seus laços de grupo social.<br />

2.2 A PRIMEIRA ESCOLA NA COMUNIDADE BUGIO<br />

No ano de 1982, foi encaminhado um documento de projetos e benfeitorias à<br />

FUNAI para suprir às necessidades da Comunidade Bugio. Um destes projetos era a<br />

construção de escolas nas Terras Indígenas para as crianças na faixa de 7 a 14 anos de idade.<br />

A caminhada foi penosa, mas as lideranças indigenistas conseguiram convencer a FUNAI a<br />

aprovar alguns dos projetos solicitados, inclusive, a construção da escola.<br />

Após esta situação, surge outro entrave, a contratação de professor, o qual não<br />

receberia seus honorários, pois não havia recursos para esse fim. Dentre os membros da

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