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Já em 1995, faz-se a implementação e organização do que seria o NEI – Núcleo de
Educação Indígena do Estado de Santa Catarina, com a elaboração de um projeto que
justificava a necessidade da criação do NEI, sendo que no estado encontravam-se 19 escolas
em quatro áreas indígenas. Outro fator é o de que “predominava nas escolas um modelo de
educação para não-índios, servindo como espaço de aculturação e descaracterização das
diversas etnias” (SANTA CATARINA, 1995, p.1). O projeto tem como objetivo geral,
conforme FERRI (2000) a proposição de diretrizes educacionais e a execução de ações com
vistas à efetivação de uma proposta de educação que contemplasse o sistema educacional da
sociedade envolvente, preservando as culturas e tradições das comunidades indígenas no
Estado e Santa Catarina.
Nos anos seguintes, (1996-1999) muitas foram as ações desencadeadas e metas
traçadas pelo NEI/SC, dentre elas estão:
• A oficialização do Núcleo de Educação Indígena com a portaria E/414/1996.
• Em 09 de abril de 1997, é aprovado o Regimento Interno do Núcleo de Educação
Indígena.
• Metas traçadas para o ano de 1997 enfocando a capacitação para professores;
discussão de currículo diferenciado; assessoramento aos professores a nível
regional através de reuniões pedagógicas; acompanhamento ás unidades
escolares de maneira sistemática.
• Realização de cursos de capacitação.
• Elaboração de um documento básico para a Proposta Curricular do Estado de
Santa Catarina – enfocando o currículo intercultural, bilíngüe e diferenciado para
as escolas indígenas.
• Realizou-se em Florianópolis, o I Fórum de Debates sobre Educação escolar
Indígena, com a participação dos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul.
• Em 1998, foram previstos cursos de capacitação para professores; cursos de
Formação em regime de suplência de 5ª a 8ª série, com qualificação para o
Magistério e, também, em regime espacial, o curso de Ensino Médio de
Habilitação para o Magistério.
• Reuniões regionais com participação das lideranças, professores e comunidade.
• No ano de 1999, elaboração de material didático específico e discussões
curriculares passam a ocorrer.