Versão eletrônica - Furb

Em 27 de fevereiro de 2004, ocorre a demarcação da reserva assustando o povo do
Alto Vale. O povo indígena dá sinais de ansiedade para ampliar os limites em Dr. Pedrinho,
deixando os colonos em alerta (SANTA, 2004, p. 2B).
Os ânimos tornam-se novamente acirrados, deixando os agricultores em enorme
tensão, pois os índios antecipam a demarcação da reserva e iniciam a venda de madeira. Isto
ocorre em 08 de abril de 2004 (SANTA, 2004, p. 3B).
Os conflitos entre índios e agricultores não cessam, suspendendo assim a
demarcação da reserva Indígena Duque de Caxias e criando pressão por parte dos municípios
atingidos (MÉDIO VALE, 2004, p. 09).
Em 17 de junho de 2004, observam-se sinais de guerra entre agricultores e índios.
Barricadas que impedem o avanço de veículos, terras invadidas e ameaças a policiais
agravam o conflito entre índios e agricultores em Dr. Pedrinho. Toda a comunidade não-
indígena organiza-se para defender aquilo que possui como seu maior bem: a terra (SANTA,
2004, p. 3B).
No dia 18 de junho de 2004, ocorrem novos desentendimentos acirrando os ânimos.
Os trabalhos de demarcação são retomados com acompanhamento da Polícia Federal. Neste
mesmo período, lideranças indígenas condenam a invasão feita por índios da comunidade nas
terras de empresário da região. (Santa, 2004, p.4B) Em 17 e 18 de julho de 2004, a polícia faz
perícia na área invadida por índios. Agentes flagram árvores devastadas e até uma estrada
aberta ilegalmente (SANTA, 2004, p. 5B).
No mês de agosto do mesmo ano, três funcionários de uma madeireira foram
surpreendidos por cerca de 25 índios e mantidos como reféns. Os índios alegavam que o
pinus cortado de uma propriedade, na localidade de Forcação, não podia ser retirado, por se
tratar de território indígena (SANTA, 2004, p. 2B). Ainda no mês de agosto, no dia 10 de
2004, policiais e madeireiros são expulsos por grupo indígena (SANTA, 2004).
Os fatos vão sucedendo, tornando impossível um acordo entre índios e agricultores.
Amedrontada, a comunidade não-indígena se arma para defender terras invadidas e sem
demarcação. Armados de foices, facas, índios e não-índios quase entraram em confronto
direto na localidade de Forcação. Isto ocorre no dia 17 de agosto de 2004. Ônibus de linha,
caminhões e carros foram impedidos de passar pela estrada geral como forma de protesto. No
dia 19 de agosto, índios mantêm estradas bloqueadas com troncos de árvores até que cheguem
representantes do Governo Federal (A NOTÍCIA, 2004, p. A4).
No intuito de encontrar saída para o problema, no dia 1º de outubro de 2004, o
Conselho Comunitário de Segurança, juntamente com a Prefeitura Municipal de Dr.