Versão eletrônica - Furb
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3.2 PROFESSORES, QUEM FORAM E QUEM SÃO ELES?<br />
A partir de agora este trabalho trará um pouco mais da história da Escola Indígena<br />
de Educação Fundamental Vanhecú Patté, não em seu lado físico, não, mas nas pessoas que<br />
por ali passaram e que de uma maneira ou de outra deixaram sua marca e a questão do<br />
surgimento de trabalhos voltados para a elaboração e execução de uma proposta de educação<br />
indígena. As mudanças frente à questão educacional indígena dão início com a promulgação<br />
da Constituição Federal em 1988. Em seu artigo 210 são asseguradas as comunidades<br />
indígenas o direito ao ensino fundamental regular, o uso da língua materna e processo de<br />
aprendizagem própria.<br />
Observa-se que somente em 1991, ocorrem mudanças com relação ao apresentado<br />
na Constituição Federal. A partir do Decreto Federal nº 26 de 04/02/91 e da Portaria<br />
Interministerial nº 559 de 01/04/91, é atribuído ao Ministério da Educação e às Secretarias<br />
Estaduais e Municipais de Educação a responsabilidade de elaborar e executar uma proposta<br />
de educação indígena e da efetivação dos Núcleos de Educação escolar Indígena – NEIs.<br />
No estado de Santa Catarina, as discussões com referencia a educação escolar<br />
indígena passam a ocorrer com a constituição da uma Comissão Estadual de Educação<br />
Indígena na Secretaria de Estado da Educação e do Desporto, em 1993, através da Portaria<br />
P6207/93.<br />
Conforme FERRI (2000, p. 28): “A discussão de caráter mais amplo e com enfoques<br />
antropológicos e lingüísticos vinham sendo feitas desde 1986, quando se realizou o I Encontro<br />
Estadual de Educação Escolar Indígena, principalmente nas Universidades, porém com<br />
envolvimento incipiente da Secretaria Estadual de Educação. A necessidade de<br />
posicionamento, em função dos acontecimentos e exigências a nível nacional, impõe a<br />
Secretaria de Estado de Educação, através da Diretoria de Ensino Fundamental e Médio, a<br />
publicação de um documento básico, em 1993, que dispunha as diretrizes gerais da Educação<br />
Indígena para o sistema estadual de educação.” E complementa: “as Diretrizes Básicas do<br />
documento encaminhavam, itens importantes como dotação orçamentária para prover ações e<br />
as condições de funcionamento destas unidades escolares, a formação de professores<br />
indígenas, a questão do currículo e conteúdos a serem trabalhados por estas escolas, a<br />
necessidade de material didático-pedagógico, criação de acervos culturais das comunidades<br />
indígenas dentre outras” (FERRI, 2000, p. 28).