Versão eletrônica - Furb
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Governo Federal poderá desembolsar pelo menos R$ 13 milhões em indenizações aos não-<br />
índios. Ainda no mês de janeiro de 2001, os índios comemoram a retomada das terras<br />
originais de 1926, faltando somente a demarcação desta área. Isto até o ano de 2005 ainda não<br />
se resolveu (MÉDIO VALE, 2001, p. 10)<br />
Já em 07 de fevereiro de 2002, colonos e outros interessados [empresários e<br />
colonos] ingressam com pedido de impugnação ao relatório da FUNAI. O mesmo<br />
procedimento foi adotado pelo governo do Estado, organizações não-governamentais e<br />
terceiros. No período de tramitação dos processos, permanece um clima de animosidade entre<br />
colonos e indígenas.<br />
Em 27 de fevereiro de 2002, chega ao conhecimento dos colonos que os autos dos<br />
processos, após apreciação e pareceres dos consultores do Ministério da Justiça, encontram-se<br />
no gabinete do ministro Márcio Thomaz Bastos para decisão final. Indígenas e colonos<br />
permanecem ansiosos à espera da resposta do Ministro.<br />
Já em 04 de março de 2003, o então governador do Estado de Santa Catarina, Sr.<br />
Luiz Henrique da Silveira define com o chefe de gabinete do Ministério da Justiça, Sérgio<br />
Sérvulo, e com o Presidente da FUNAI, Eduardo de Almeida, que somente depois de<br />
entendimentos entre não-índios e índios é que será assinada a portaria de ampliação da<br />
reserva (A NOTÍCIA, 2003).<br />
No dia 01 de julho de 2003, os índios começam a ocupar novamente a área da<br />
Barragem Norte, inclusive bloqueando estradas, como forma de pressionar o governo federal<br />
a assinar o documento que determina a demarcação do seu território.<br />
Assim, em 12 de agosto de 2003, o Ministro Márcio Thomaz Bastos, assina portaria<br />
que garante a posse permanente dos 37 mil hectares, com base no levantamento feito por<br />
antropólogos da FUNAI. Estas terras são atualmente divididas com aproximadamente 400<br />
famílias de agricultores e posseiros (SANTA, 2003, p. 3B).<br />
Com o recebimento da notícia, os agricultores prometem defender suas terras,<br />
armados. Os colonos têm títulos de posse há mais de 50 anos e não aceitam a ampliação da<br />
reserva. A comunidade não-indígena vê-se totalmente desamparada e prepara-se para dar sua<br />
vida pelas propriedades (A NOTÍCIA, 2003, p. A7).<br />
Já em 09 de setembro de 2003, sob eminente ameaça de conflito em território<br />
catarinense, assume a FUNAI o Sr. Mércio Gomes. Este se diz aberto ao diálogo (A<br />
NOTÍCIA, 2003, p. AB).