Versão eletrônica - Furb

Diante disto, observa-se que, para se conseguir este conhecimento compartilhado, é
necessária uma proposta prática onde o respeito às diferenças e à diversidade cultural, estejam
presentes. Assim, o “trabalho em grupo” foi utilizado como um meio para tentar elevar a
auto-estima das crianças partindo-se da cultura experencial do aluno num espaço que, embora,
pequeno, é compartilhado por todos.
Modificar um quadro de falta de solidariedade e individualismo não é fácil. Porém, o
princípio das coisas pode estar em profissionais envolvidos com a educação que busquem nas
menores coisas, nas pequenas atitudes mostrar que ensinar a viver necessita não só dos
conhecimentos, mas também da transformação, em seu próprio ser mental, do conhecimento
adquirido em sabedoria e da incorporação dessa sabedoria para toda a vida (MORIN, 2000, p.
47).
Muitos são os passos a serem dados, mas o que já se caminhou denota que esta
escola busca a possibilidade de modificar o quadro de miséria em que muitos vivem bem
como o reconhecimento de seus egressos pelo “outro” por intermédio de um trabalho coletivo
de resgate cultural e pela construção da identidade deste povo.