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Versão eletrônica - Furb

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crescimento no âmbito educacional, pois como diz ainda o Professor Gersem : “A escola deve<br />

se constituir a partir dos seus interesses e possibilitar sua participação em todos os momentos<br />

da definição da proposta curricular, de seu funcionamento, da escolha dos professores que vão<br />

lecionar, do projeto pedagógico que vai ser desenvolvido, enfim, da política educacional que<br />

será adotada” (RCN/Indígena, p. 25)<br />

Observa-se que o povo Xokleng vem fazendo este caminho, mas também voltando<br />

a escola para aquilo que lhe é neste momento, mais importante, a luta pela terra. Buscar na<br />

escola o sentido de ser índio vem junto com o desejo de reconquistar o que os mesmos dizem<br />

– lhes foi tirado. O sentido político também permeia este espaço dando assim a possibilidade<br />

de construção e manutenção de seu povo na esfera executiva da sociedade.<br />

Vários são os sentidos, de ser índio para este povo. Estes sentidos foram percebidos<br />

nos diálogos empreendidos junto ao mesmo, quais sejam:<br />

• O índio passou de uma visão poética dos livros para ser uma categoria de lutas;<br />

• É buscar seus direitos para obtenção da mãe-terra, saúde e educação;<br />

• É poder sair da Comunidade indígena e ser respeitado pelo que são;<br />

• Reconstrução de sua história e cultura preservando-as e assim ser valorizado pelo<br />

passado, pelo presente e pelo futuro;<br />

• É encontrar seu espaço dentro da sociedade nacional;<br />

• É manter suas raízes na comunidade, sem esquecer de olhar para a modernidade,<br />

conseguindo assim melhorias para seu povo.<br />

Com estes itens observa-se que a construção do “ser índio” foi e está sendo um<br />

trabalho que necessita ser mantido em constante atividade, sempre sendo visto não como algo<br />

individualizado, mas coletivo; em que o grupo encontra no outro, formas e forças para<br />

continuar sua busca da identidade e cultura.<br />

4.2 RESGATE DA AUTO-ESTIMA: UM TRABALHO DE GRUPO<br />

Diante das atividades desenvolvidas pelos professores junto às crianças na Escola<br />

Indígena de Educação Fundamental Vanhecú Patté, não dá para não ficar maravilhada. Daí<br />

surge a pergunta: Como tudo isso foi e está sendo possível? Em conversa com os

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