Ver/Abrir - Biblioteca Digital do IPG - Instituto Politécnico da Guarda
Ver/Abrir - Biblioteca Digital do IPG - Instituto Politécnico da Guarda
Ver/Abrir - Biblioteca Digital do IPG - Instituto Politécnico da Guarda
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
2.1Caracterização <strong>do</strong> Público – Alvo<br />
O Serviço de Pediatria <strong>do</strong> Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro,<br />
recebe crianças desde o seu nascimento até sensivelmente aos dezassete anos, ou seja,<br />
este serviço presta cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s a ci<strong>da</strong>dãos que sejam menores de i<strong>da</strong>de sen<strong>do</strong><br />
acompanha<strong>do</strong>s por uma pessoa adulta.<br />
Quan<strong>do</strong> a criança é hospitaliza<strong>da</strong> deixa de forma involuntária o seu seio familiar,<br />
e submete-se a outro completamente alheio ao seu, povoa<strong>do</strong> de novas rotinas, normas,<br />
horários, procedimentos e pessoas desconheci<strong>da</strong>s com as quais estabelece novas<br />
relações com pessoas como principalmente pediatras e outros especialistas médicos,<br />
professores, enfermeiros, voluntários e pessoal de limpeza.<br />
Tal como assinala GUERREIRO (2004), to<strong>da</strong> a criança hospitaliza<strong>da</strong> sente<br />
angústia, solidão, me<strong>do</strong> perante o desconheci<strong>do</strong>, intranquili<strong>da</strong>de, insegurança e temor <strong>da</strong><br />
morte, principalmente quan<strong>do</strong> a <strong>do</strong>ença é grave ou se prolonga no tempo.<br />
Como referiu o autor, de facto quan<strong>do</strong> uma criança é interna<strong>da</strong> por qualquer<br />
motivo, ela sente-se um pouco como perdi<strong>da</strong>, pois encontra-se num local que lhe é<br />
desconheci<strong>do</strong>, mas para que isso não aconteça, num hospital existe quase sempre uma<br />
sala de ativi<strong>da</strong>des para que as crianças aí possam realizar determina<strong>do</strong>s trabalhos, é<br />
como se a escola fosse até elas. Para que esse trabalho seja consegui<strong>do</strong>, encontra-se uma<br />
anima<strong>do</strong>ra ou uma educa<strong>do</strong>ra. No decorrer <strong>do</strong> estágio estavam estas duas profissionais.<br />
Num ambiente hospitalar, o trabalho de um profissional de animação<br />
sociocultural é como um medicamento para as crianças, ou seja, um anima<strong>do</strong>r tem como<br />
função principal num hospital, realizar ativi<strong>da</strong>des lúdicas e, acima de tu<strong>do</strong>, atrativas e<br />
objetivas com as crianças. Para que o anima<strong>do</strong>r possa trabalhar com este exemplo de<br />
público-alvo deve conhecer os sujeitos e sua reali<strong>da</strong>de/patologia, criar e descobrir<br />
valores nos sujeitos, estimular o grupo para a autonomia, garantir cooperação e<br />
igual<strong>da</strong>de entre as crianças, respeitar as circunstâncias <strong>da</strong>s crianças, impulsionar a<br />
criativi<strong>da</strong>de e curiosi<strong>da</strong>de, consciencializar as crianças <strong>do</strong>s seus valores e<br />
potenciali<strong>da</strong>des e tornar o grupo de crianças ou o individuo, lúci<strong>da</strong>s, criativas, objetivas,<br />
críticas, ativas e abertas.<br />
com ele.<br />
Assim, será mais fácil o anima<strong>do</strong>r li<strong>da</strong>r com crianças/jovens e as crianças/jovens<br />
To<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong>des projeta<strong>da</strong>s ao longo <strong>do</strong> estágio, de certa forma, estavam<br />
direciona<strong>da</strong>s para ca<strong>da</strong> faixa etária, pois como refere o cognitivista, PIAGET<br />
13