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Modelação dos efeitos viscosos no comportamento de túneis em ...

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1. INTRODUÇÃO<br />

1.1 Consi<strong>de</strong>rações gerais<br />

Com o <strong>de</strong>senvolvimento das socieda<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rnas e consequente expansão das gran<strong>de</strong>s metrópoles<br />

<strong>em</strong> todo o Mundo, a pressão urbanística e a disponibilida<strong>de</strong> limitada <strong>de</strong> espaço para construção<br />

promoveram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> explorar o espaço sub-superficial como meio para a instalação <strong>de</strong><br />

infra-estruturas <strong>de</strong> serviço público e privado.<br />

A execução <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> veio, nesse sentido, contribuir para a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida ambiental e<br />

económica das gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s, aumentando a mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas e bens através <strong>de</strong> linhas<br />

ferroviárias <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho ao mesmo t<strong>em</strong>po que reduz o impacto das cargas poluentes<br />

resultantes do tráfego viário à superfície, assim como contribuindo para a expansão e re<strong>no</strong>vação da<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> condução <strong>de</strong> águas residuais.<br />

A execução <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> <strong>em</strong> ambiente urba<strong>no</strong> encontra diversos constrangimentos <strong>de</strong>vido aos possíveis<br />

impactos negativos nas estruturas vizinhas, assim como dificulda<strong>de</strong>s ao nível da competência <strong>dos</strong><br />

terre<strong>no</strong>s e baixa profundida<strong>de</strong> <strong>em</strong> que são projecta<strong>dos</strong>. Os tipos <strong>de</strong> solos <strong>no</strong>rmalmente presentes na<br />

envolvente <strong>de</strong> uma obra <strong>de</strong>sta natureza têm características geotécnicas e <strong>comportamento</strong>s muito<br />

particulares, tais como a fluência e expansibilida<strong>de</strong>.<br />

Tais constrangimentos promoveram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> evolução significativa das técnicas construtivas<br />

na execução <strong>de</strong> <strong>túneis</strong>, como é o caso actual das máquinas tuneladoras <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> diâmetro, que<br />

permit<strong>em</strong> escavar <strong>túneis</strong> numa vasta gama <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> terre<strong>no</strong> e com elevada qualida<strong>de</strong> <strong>no</strong> que<br />

se refere ao controlo <strong>de</strong> movimentos do terre<strong>no</strong>. As técnicas convencionais também sofreram<br />

gran<strong>de</strong>s evoluções, <strong>no</strong>meadamente <strong>no</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das técnicas <strong>de</strong> pré-suporte e <strong>de</strong> reforço da<br />

frente. As técnicas <strong>de</strong> tratamento e reforço <strong>de</strong> solos têm contribuído bastante para o sucesso <strong>de</strong><br />

muitos projectos <strong>de</strong> <strong>túneis</strong>, como é o caso das injecções <strong>de</strong> compensação.<br />

Na instrumentação <strong>de</strong> obras subterrâneas o melhoramento <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> da<strong>dos</strong><br />

t<strong>em</strong> permitido uma utilização mais eficaz <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong>. A gestão <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po real <strong>dos</strong> registos da<br />

monitorização durante a construção t<strong>em</strong> contribuído para uma melhor impl<strong>em</strong>entação do método<br />

observacional <strong>em</strong> projectos <strong>de</strong> <strong>túneis</strong>.<br />

A gran<strong>de</strong> evolução ao nível <strong>de</strong> projecto <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> é <strong>de</strong>vida principalmente ao incr<strong>em</strong>ento <strong>de</strong> potência<br />

e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento computacional das últimas décadas. Os mo<strong>de</strong>los numéricos<br />

permit<strong>em</strong> simular processos <strong>de</strong> construção complexos <strong>em</strong> que se po<strong>de</strong>m incluir estu<strong>dos</strong> <strong>de</strong><br />

interacção com estruturas vizinhas, <strong>em</strong> duas ou três dimensões, incorporar leis constitutivas cada vez<br />

mais sofisticadas <strong>de</strong> forma a reproduzir<strong>em</strong> fielmente a resposta observada <strong>de</strong> solos naturais.<br />

Permit<strong>em</strong> também a realização <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong> paramétricos e da sensibilida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> mo<strong>de</strong>los envolvi<strong>dos</strong><br />

<strong>no</strong> projecto <strong>de</strong> <strong>túneis</strong>.<br />

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