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Modelação dos efeitos viscosos no comportamento de túneis em ...

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1.2 Âmbito do trabalho<br />

O estudo do <strong>comportamento</strong> <strong>de</strong> <strong>túneis</strong> executa<strong>dos</strong> <strong>em</strong> terre<strong>no</strong>s bran<strong>dos</strong> é um t<strong>em</strong>a <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

interesse e actualida<strong>de</strong>. O <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho estrutural <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> obras ao longo do seu período <strong>de</strong><br />

vida útil <strong>de</strong>ve ser a<strong>de</strong>quadamente avaliado, dadas as consequências <strong>de</strong> uma rotura ou da sua<br />

operação <strong>em</strong> condições <strong>de</strong>ficientes <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>.<br />

A operação <strong>de</strong> escavação <strong>de</strong> um túnel resulta <strong>no</strong> alívio <strong>de</strong> tensões <strong>no</strong> maciço originando,<br />

invariavelmente, <strong>de</strong>formações que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> dois tipos: as <strong>de</strong>formações imediatas e as<br />

<strong>de</strong>formações diferidas <strong>no</strong> t<strong>em</strong>po. As <strong>de</strong>formações imediatas são <strong>de</strong>vidas à resposta elástica do<br />

terre<strong>no</strong> induzida pelo processo <strong>de</strong> escavação, po<strong>de</strong>ndo incluir uma parcela plástica, caso as tensões<br />

geradas sejam suficientes para atingir a cedência do material <strong>em</strong> tor<strong>no</strong> do túnel. As <strong>de</strong>formações<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do t<strong>em</strong>po po<strong>de</strong>m ocorrer após o processo <strong>de</strong> escavação e prolongar<strong>em</strong>-se por longos<br />

perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po durante a fase <strong>de</strong> serviço da obra. O mecanismo <strong>de</strong> fluência po<strong>de</strong> ser um <strong>dos</strong><br />

responsáveis pelas <strong>de</strong>formações <strong>de</strong> longo prazo.<br />

O estudo das magnitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> redor <strong>de</strong> um túnel é <strong>de</strong> primordial<br />

importância, verificando-se a necessida<strong>de</strong> promover estu<strong>dos</strong> neste domínio. É nesse âmbito que se<br />

preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver este trabalho, <strong>no</strong>meadamente <strong>no</strong> estudo da influência que a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

construção, e outros parâmetros que influenci<strong>em</strong> a resposta diferida <strong>no</strong> t<strong>em</strong>po.<br />

1.3 Estruturação da dissertação<br />

Para além do capítulo introdutório, on<strong>de</strong> se apresentaram as consi<strong>de</strong>rações iniciais relativamente ao<br />

âmbito do trabalho, os objectivos fundamentais que se preten<strong>de</strong> alcançar, assim como a sua<br />

estruturação, a presente dissertação foi organizada <strong>em</strong> mais cinco capítulos.<br />

O capítulo 2 inicia-se com uma referência às principais características do <strong>comportamento</strong> <strong>de</strong> <strong>túneis</strong><br />

<strong>em</strong> terre<strong>no</strong>s bran<strong>dos</strong>, concretamente <strong>no</strong> que se refere à resposta do maciço face à escavação <strong>em</strong><br />

termos <strong>de</strong> estado <strong>de</strong> tensão e <strong>de</strong>formação. Destaca-se neste capítulo a <strong>de</strong>scrição do método da<br />

convergência-confinamento utilizado para analisar a resposta <strong>em</strong> estado pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação do<br />

terre<strong>no</strong> face à escavação <strong>de</strong> um túnel.<br />

No capítulo 3 <strong>de</strong>screv<strong>em</strong>-se os fenóme<strong>no</strong>s envolvi<strong>dos</strong> <strong>no</strong> <strong>comportamento</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do t<strong>em</strong>po <strong>em</strong><br />

geomateriais, os mecanismos envolvi<strong>dos</strong>. Proce<strong>de</strong>-se à avaliação <strong>dos</strong> <strong>efeitos</strong> diferi<strong>dos</strong> <strong>no</strong> t<strong>em</strong>po <strong>em</strong><br />

análises <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> ensaios laboratoriais.<br />

O capítulo 4 referencia as principais vias <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lação do <strong>comportamento</strong> diferido <strong>no</strong> t<strong>em</strong>po,<br />

associadas ao projecto <strong>de</strong> <strong>túneis</strong>. Abordam-se os mo<strong>de</strong>los <strong>em</strong>píricos, reológicos e mo<strong>de</strong>los<br />

generaliza<strong>dos</strong> tensão-<strong>de</strong>formação-t<strong>em</strong>po, <strong>no</strong>meadamente o mo<strong>de</strong>lo overstress introduzido por<br />

Perzyna. Também se <strong>de</strong>staca neste capítulo a formulação do mo<strong>de</strong>lo elasto-viscoplástico baseado<br />

<strong>no</strong>s conceitos <strong>de</strong> esta<strong>dos</strong> críticos e <strong>de</strong> overstress impl<strong>em</strong>entado <strong>no</strong> programa <strong>de</strong> cálculo por<br />

diferenças finitas FLAC da socieda<strong>de</strong> Itasca.<br />

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