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Boas Práticas de Farmácia Hospitalar - Portal da Saúde

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142<br />

Por outro lado, os fármacos INTR não são candi<strong>da</strong>tos a TDM por rotina, por serem<br />

pró-fármacos com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serem tri-fosforilados intracelularmente para<br />

se tornarem activos, por falta <strong>de</strong> correlação entre as suas concentrações séricas<br />

e intracelulares e porque o seu doseamento intracelular constitui uma técnica analítica<br />

complexa, morosa e dispendiosa 21.<br />

No entanto, existem múltiplos factores que po<strong>de</strong>m afectar as concentrações plasmáticas<br />

dos anti-retrovíricos num <strong>da</strong>do doente. Desta forma, a interpretação <strong>da</strong>s concentrações<br />

plasmáticas dos fármacos <strong>de</strong>ve ser efectuado numa base individualiza<strong>da</strong>, tendo em<br />

conta factores farmacocinéticos (parâmetros utilizados), virológicos (carga vírica,<br />

padrões <strong>de</strong> resistência), imunológicos e clínicos. Previamente à alteração <strong>de</strong> dose<br />

e/ou regime posológico num indivíduo, que apresenta concentrações plasmáticas<br />

altera<strong>da</strong>s <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado fármaco, <strong>de</strong>vem ser avaliados aspectos como a a<strong>de</strong>são<br />

à terapêutica, a administração com ou sem alimentos, as interacções farmacológicas<br />

e outras <strong>de</strong>terminações séricas anteriormente realiza<strong>da</strong>s. Deve ser tido ain<strong>da</strong> em<br />

atenção o chamado síndroma <strong>da</strong> bata branca, isto é, um doente po<strong>de</strong> ser a<strong>de</strong>rente<br />

à terapêutica nos dias imediatamente anteriores à colheita <strong>de</strong> sangue, mas não tomar<br />

a medicação nos restantes dias. Isto po<strong>de</strong> levar a um resultado analítico <strong>de</strong>ntro dos<br />

valores normais, estando o indivíduo em ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> supressão viral 19.<br />

4. Recomen<strong>da</strong>ções para a Execução TDM para os Fármacos<br />

Anti-retrovíricos 20<br />

4.1. Indicações específicas para a realização <strong>de</strong> TDM<br />

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Doentes com interacções fármaco-fármaco ou fármaco-alimento significativas.<br />

Doentes com alterações a nível fisiológico que po<strong>de</strong>m alterar as funções<br />

gastrointestinais, hepática ou renal.<br />

Doentes experimentados em terapêutica que possam ter estirpes virais com<br />

reduzi<strong>da</strong> susceptibili<strong>da</strong><strong>de</strong> à HAART.<br />

Utilização <strong>de</strong> regimes terapêuticos alternativos, cuja segurança e eficácia ain<strong>da</strong><br />

não foram estabelecidos em ensaios clínicos.<br />

Toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> concentração-<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />

Ausência <strong>de</strong> resposta virológica no tratamento <strong>de</strong> um doente naïve.<br />

Monitorização <strong>da</strong> a<strong>de</strong>são.<br />

Gravi<strong>de</strong>z ou pediatria.

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