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Boas Práticas de Farmácia Hospitalar - Portal da Saúde

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144<br />

4.5. Interpretação dos resultados analíticos e emissão <strong>de</strong> parecer<br />

farmacológico<br />

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Os inibidores nucleósidos <strong>da</strong> transcriptase reversa são metabolizados<br />

intracelularmente e, <strong>de</strong>ste modo, as concentrações plasmáticas po<strong>de</strong>m não estar<br />

correlaciona<strong>da</strong>s com a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> intracelular <strong>da</strong> forma trifosforila<strong>da</strong> que <strong>de</strong>termina<br />

a eficácia do fármaco. A monitorização <strong>da</strong>s concentrações plasmáticas dos INTR<br />

po<strong>de</strong> ser útil na avaliação e na gestão <strong>da</strong>s interacções fármaco-fármaco que<br />

afectam as concentrações plasmáticas dos INTR.<br />

Quando se efectua a TDM, <strong>de</strong>ve ter-se em consi<strong>de</strong>ração a variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> intra-<br />

-individual <strong>da</strong>s concentrações plasmáticas dos anti-retrovíricos observa<strong>da</strong>s nos<br />

doentes.<br />

A activi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos fármacos para o VIH na população po<strong>de</strong> ser extremamente<br />

variável e o facto <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> concentração plasmática do fármaco se<br />

encontrar na margem terapêutica preconiza<strong>da</strong> não garante, por si só, concentrações<br />

terapêuticas ao longo do intervalo posológico.<br />

Quando são <strong>de</strong>tecta<strong>da</strong>s concentrações <strong>de</strong> fármaco não espera<strong>da</strong>s, tal po<strong>de</strong>rá ser<br />

<strong>de</strong>vido a uma série <strong>de</strong> factores, incluindo dosagem ou frequência <strong>de</strong> administração<br />

incorrectas, não cumprimento em relação à administração com alimentos (requisitos<br />

alimentares), interacções com outros fármacos, erro <strong>de</strong> colheita ou não a<strong>de</strong>são<br />

à terapêutica.<br />

Os resultados <strong>da</strong> TDM, <strong>de</strong>pois cui<strong>da</strong>dosamente avaliados para <strong>de</strong>tecção <strong>da</strong><br />

presença, ou não, <strong>de</strong> interacções entre fármacos e/ou alimentos, presença<br />

<strong>de</strong> mutações resistentes, toxici<strong>da</strong><strong>de</strong>, e presença <strong>de</strong> doentes experimentados em<br />

terapêutica com poucas alternativas, po<strong>de</strong>m sugerir uma alteração <strong>da</strong> dose ou do<br />

regime terapêutico.<br />

Qualquer ajuste terapêutico, baseado nos resultados <strong>da</strong> TDM, <strong>de</strong>verá ser<br />

conduzido sob a supervisão <strong>de</strong> um profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com conhecimentos em<br />

farmacologia e farmacocinética clínica e, quando necessário, <strong>de</strong> um virologista<br />

clínico com experiência na área.

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