Boas Práticas de Farmácia Hospitalar - Portal da Saúde
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Nas análises <strong>de</strong> custo-efectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> (ACE) as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> benefício po<strong>de</strong>m ter qualquer<br />
resultado clinicamente relevante, incluindo complicações ou número <strong>de</strong> recaí<strong>da</strong>s<br />
evita<strong>da</strong>s ao longo do tempo, ou anos livres <strong>de</strong> doença, no entanto, é frequente<br />
apresentarem-se como o total <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> ganhos. Daí que, neste tipo <strong>de</strong> análise,<br />
os benefícios doravante mencionados não se refiram a uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s monetárias como<br />
na análise <strong>de</strong> custo-benefício atrás referi<strong>da</strong>.<br />
Na ACE, a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> custo (por exemplo euros) difere <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> benefício<br />
(por exemplo, Anos <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> Adicionados), assim, os resultados são expressos<br />
em euros por anos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Os custos globais e os benefícios globais são uma<br />
combinação do que é gasto e do que é ganho. Em ultima análise, interessa saber quais<br />
são os benefícios ganhos com um gasto adicional. A <strong>de</strong>terminação do custo adicional<br />
por uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> benefício adicional po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> por 5:<br />
Isto é igual a:<br />
[Alteração no custo com o novo tratamento A]<br />
______________________________________________<br />
[Alteração no benefício com o novo tratamento A]<br />
[Custo Novo tratamento A – Custo Tratamento convencional]<br />
______________________________________________<br />
[Benefício Novo tratamento A – Benefício Tratamento convencional]<br />
Esta relação po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>da</strong> para avaliar qual o valor monetário que é acrescentado<br />
pelo início do tratamento A. Po<strong>de</strong>m ser igualmente comparados dois tratamentos:<br />
[Custo Novo tratamento B – Custo Tratamento convencional]<br />
________________________________________________<br />
[Benefício Novo tratamento B – Benefício Tratamento convencional]<br />
Os custos utilizados nestas análises são custos totais, incluindo o preço <strong>da</strong><br />
intervenção, poupanças em outros fármacos, reduções na morbili<strong>da</strong><strong>de</strong> e mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
etc. Normalmente, não existem valores <strong>de</strong>terminados para os custos, em particular<br />
para novos fármacos em que a duração dos ensaios clínicos é relativamente curta<br />
e a experiência clínica é limita<strong>da</strong>. Nestas situações, as análises a longo-termo são<br />
normalmente estima<strong>da</strong>s por mo<strong>de</strong>los matemáticos. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do tipo<br />
<strong>de</strong> cálculo efectuado, é muito importante ter em linha <strong>de</strong> conta que a análise é efectua<strong>da</strong><br />
sob a perspectiva do pagador, e que é excluído o impacto nos custos <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>scritos anteriormente. Assim, no que respeita à infecção pelo VIH, o valor expresso<br />
pela forma mais simples <strong>de</strong> análise económica está em geral a subestimar o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro<br />
valor <strong>da</strong> intervenção na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> 5.