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Boas Práticas de Farmácia Hospitalar - Portal da Saúde

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A partir classificação clássica, Lin<strong>da</strong> Fogarty criou três outras categorias:<br />

1) métodos subjectivos, baseados na auto-comunicação do doente ou do<br />

profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />

2) métodos objectivos, que incluem a contagem <strong>de</strong> comprimidos, os registos<br />

<strong>da</strong> dispensa <strong>de</strong> medicamentos e os sistemas electrónicos;<br />

3) métodos fisiológicos que consi<strong>de</strong>raram a monitorização sérica e os<br />

marcadores biológicos 30.<br />

Assim, e apesar <strong>de</strong> existirem diversos métodos através dos quais se po<strong>de</strong><br />

monitorizar a a<strong>de</strong>são à terapêutica, nenhum é 100% fiável, pelo que a<br />

combinação <strong>de</strong> vários métodos seria a melhor opção 31.<br />

A distinção entre a monitorização <strong>da</strong> a<strong>de</strong>são em investigação e na prática<br />

clínica diária é também alvo <strong>de</strong> diferenças.<br />

Num ensaio clínico, em que se preten<strong>de</strong> avaliar a eficácia <strong>de</strong> uma substância,<br />

é necessário aplicar um método rigoroso, pelo que a monitorização electrónica<br />

será uma boa opção. A informação obti<strong>da</strong> através <strong>de</strong>ste método diz respeito<br />

não só aos medicamentos tomados, mas, também ao cumprimento <strong>da</strong><br />

posologia.<br />

A extensão do ensaio, o número <strong>de</strong> doentes envolvidos (particularmente em<br />

estudos <strong>de</strong> fase III) po<strong>de</strong> alterar a opção para, por exemplo, a contagem <strong>de</strong><br />

formas farmacêuticas sóli<strong>da</strong>s. A utilização simultânea <strong>de</strong> um questionário<br />

estruturado proporciona informação adicional relativa a efeitos secundários<br />

e/ou motivos para eventuais falhas.<br />

Quando se preten<strong>de</strong> avaliar a a<strong>de</strong>são num ensaio <strong>de</strong> fase IV, ou num<br />

estudo epi<strong>de</strong>miológico, a revisão <strong>da</strong>s prescrições médicas ou do registo <strong>da</strong><br />

dispensa <strong>de</strong> medicamentos, po<strong>de</strong> <strong>da</strong>r informações acerca <strong>da</strong> não a<strong>de</strong>são<br />

individualmente, ou <strong>de</strong> uma população. Nestes estudos, são habitualmente<br />

envolvidos numerosos doentes, pelo que o método utilizado <strong>de</strong>ve permitir<br />

avaliações para gran<strong>de</strong>s grupos. Também nesta situação, a utilização<br />

simultânea <strong>da</strong> auto-avaliação através <strong>de</strong> um questionário (aplicado a um<br />

grupo limitado <strong>de</strong> doentes) traduz um aumento <strong>da</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos resultados.<br />

Na prática clínica, quando se preten<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar se os doentes a<strong>de</strong>rem<br />

ou não à terapêutica, a entrevista ou o questionário po<strong>de</strong>m ser métodos<br />

a valorizar. No entanto, ca<strong>da</strong> vez mais investigadores advogam a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se saber conduzir essa entrevista/questionário no sentido <strong>de</strong> não intimi<strong>da</strong>r<br />

o doente e <strong>de</strong> não condicionar as respostas 31.<br />

Aconselhamento<br />

ao Doente<br />

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