ver documento - Imprensa Nacional-Casa da Moeda
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A | RELATÓRIO DE GESTÃO<br />
mais pobres. A que<strong>da</strong> nas cotações do crude está, assim, a funcionar como um amortecedor para<br />
a crise económica e social, sobretudo ao permitir a contenção dos custos <strong>da</strong>s empresas. Face,<br />
no entanto, à retracção generaliza<strong>da</strong> dos consumos e do crédito esta situação não está a ser<br />
aproveita<strong>da</strong> como alavanca do crescimento, mas tão-só factor de estabilização. No que respeita a<br />
Portugal, e depois de um último trimestre de 2008 em recessão técnica, a economia nacional vai<br />
entrar em terreno negativo em 2009, com o investimento e as exportações a contribuírem para a<br />
contracção <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de económica no país. Para isto contribui em particular a situação económica<br />
dos nossos principais parceiros económicos, cujos planos contra a crise poderão revelar-se<br />
insuficientes ou até demorar a produzir efeitos nas trocas, com o exterior, como será o caso com<br />
Portugal.<br />
As referências crescentes a um proteccionismo, mitigado ou aberto, também são factores a ter<br />
em conta, apesar <strong>da</strong> determinação com que os principais países europeus, incluindo Portugal, e a<br />
Comissão Europeia estão a combater esta possibili<strong>da</strong>de.<br />
Terminado o ano de 2008, com uma progressão do produto interno bruto (PIB) que de<strong>ver</strong>á ron<strong>da</strong>r<br />
os 0,5 %, os analistas estimam que o efeito base do segundo semestre de 2008 vai pesar negativamente<br />
no crescimento deste ano. Em 2009, a economia de<strong>ver</strong>á ter uma contracção que se situará<br />
entre os - 0,2 % e os - 0,4 %.<br />
A grande incógnita é o segundo semestre deste ano. Se, por um lado, as principais economias mundiais<br />
estão a apresentar planos de apoio às suas economias e os bancos centrais parecem estar dispostos<br />
a tudo para travar maiores agravamentos <strong>da</strong> situação económica, esse esforço poderá não<br />
ser suficiente. Apesar de to<strong>da</strong>s as medi<strong>da</strong>s adopta<strong>da</strong>s a nível internacional <strong>ver</strong>ifica-se uma percepção<br />
crescente de que a crise poderá ser mais prolonga<strong>da</strong> do que inicialmente previsto. Comparados<br />
os planos <strong>da</strong> Irlan<strong>da</strong> e dos EUA com outros países europeus, a resposta <strong>da</strong> Europa foi «mais tími<strong>da</strong>»<br />
com um programa de aju<strong>da</strong>s que representa 1,25 % do PIB europeu. Esse programa irá <strong>da</strong>r uma<br />
aju<strong>da</strong> importante para conter os riscos de recessão, mas pode não ser suficiente.<br />
O Boletim Económico de In<strong>ver</strong>no do Banco de Portugal prevê uma contracção <strong>da</strong> economia portuguesa<br />
de 0,8 % este ano e uma quase estagnação para 2010.<br />
Projecções do Banco de Portugal<br />
Taxa de variação, em percentagem<br />
Pesos 2007 2008 2009 2010<br />
PIB 100 0,3 - 0,8 0,3<br />
Consumo privado 65 1,4 0,4 0,6<br />
Consumo público 20,3 0,2 - 0,1 - 0,2<br />
Investimento 21,8 - 0,8 - 1,7 - 0,3<br />
Procura interna 107,6 1 0 0,3<br />
Exportações 32,6 0,6 - 3,6 1,8<br />
Importações 40,1 2,4 - 1 1,5<br />
Inflacção 2,7 1 2<br />
Fonte: Banco de Portugal<br />
2 As cotações dos metais preciosos in<strong>ver</strong>teram a tendência revela<strong>da</strong> nos anos anteriores. Desde<br />
o ano de 2003 que a subi<strong>da</strong> do preço do ouro provocava que o preço de ven<strong>da</strong> <strong>da</strong>s moe<strong>da</strong>s que<br />
incorporam metais nobres atingisse patamares que diminuíram a sua procura.<br />
As margens de produtos que incorporam aqueles metais terão, forçosamente, que diminuir.<br />
A empresa poderá beneficiar do efeito de refúgio seguro do ouro pela expectativa de subi<strong>da</strong> de<br />
preço dos metais preciosos.<br />
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