20.02.2014 Views

Revista de Letras - Utad

Revista de Letras - Utad

Revista de Letras - Utad

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Signo e significação no primeiro livro impresso em língua portuguesa 105<br />

esforça por uirtu<strong>de</strong>s» (p. 331). Segundo o autor, este sacramento requere três<br />

coisas substâncias: «a primeira he ministro que faça ũgimento, a ssegũda<br />

entẽçom, a terçeira materia, a quarta forma, a qujnta logares çertos que <strong>de</strong>uem<br />

ser ũgidos» (p. 332). Os lugares que <strong>de</strong>vem ser ungidos são partes do corpo que<br />

dizem respeito aos cinco sentidos: os olhos, as orelhas, os narizes, a boca e as<br />

maãos. São ungidos estes lugares «por que som freestas da morte e rrayzes do<br />

pecado» (Ibi<strong>de</strong>m). Do ponto <strong>de</strong> vista simbólico pouco mais é dito.<br />

O sacramento da Or<strong>de</strong>m Clerical é <strong>de</strong>finido como «huũ sinal no qual he<br />

dado po<strong>de</strong>ryo spiritual e ofiçio ao hor<strong>de</strong>nado». Como os sacramentos e as<br />

virtu<strong>de</strong>s, são sete as or<strong>de</strong>ns eclesiásticas, quatro não sacras (hostiário, leitor,<br />

exorcista e acólito) e três sacras (subdiácono, diácono e sacerdote). É ao sábado<br />

que se <strong>de</strong>ve celebrar o sacramento da Or<strong>de</strong>m, porque este dia significa<br />

«folgança, por representar que se or<strong>de</strong>na <strong>de</strong> or<strong>de</strong>n sacra e sse quita dos trabalhos<br />

temporaees e passa aa folgança dos spirituaees».<br />

Nas cerimónias da imposição das or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> acólito, diácono e sacerdote,<br />

surgem alguns contexto com explicações <strong>de</strong> âmbito semiótico, <strong>de</strong> que<br />

<strong>de</strong>stacamos os seguintes.<br />

Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> acólito: «E o que rreçebe esta or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>spoys que he enformado<br />

pello bispo como se <strong>de</strong>ue auer em seu ofiçio e o que <strong>de</strong>ue fazer ho arçediago<br />

<strong>de</strong>lhe huũ candieyro cõ huũ çiryo, a dar a entẽ<strong>de</strong>r que he <strong>de</strong>putado pera ẽçen<strong>de</strong>r<br />

os çiryos quãdo sse lee o Euãgelho e consagra o corpo <strong>de</strong> Deus. Outrosi lhe da a<br />

anbola ou o uaso em que esta o uynho, a dar a ẽtẽ<strong>de</strong>r que a <strong>de</strong> seruir e<br />

admynistrar o uinho pera a cõsagraçom do corpo <strong>de</strong> Jhesu Christo» (p. 340).<br />

Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> diácono: «aos diachonos põe a estola sobre o honbro ezquerdo e a<br />

rretorçẽ e teen <strong>de</strong> juso do braço <strong>de</strong>reyto, a dar a ẽtẽ<strong>de</strong>r que os trabalhos que<br />

pasan nesta vyda presente que os sofrẽ na parte sinistra que he em este mũdo. E<br />

aa parte <strong>de</strong>stra significa a uida perdurauel don<strong>de</strong> aueram folgança.»; «E este<br />

diachono ha por uestidura a <strong>de</strong> almatica que he çerquada, a dar a entẽ<strong>de</strong>r que<br />

<strong>de</strong>ue aprẽ<strong>de</strong>r pera buscar a rezom escondida da palaura <strong>de</strong> Deus» (p. 341).<br />

Tonsura: «E a rasura que faz ençima da cabeça significa a limpeza que <strong>de</strong>ue<br />

ser nas vonta<strong>de</strong>s dos que reçebem a hor<strong>de</strong>n e que pella conparaçom dos beẽs<br />

tẽporaees non se enbargue a contẽplaçom dos beẽs çellestiaees, ou os cabelos<br />

que sse cortan <strong>de</strong> suso daredor que nom enbarguẽ a uista nẽ ho ouuir signyfica<br />

que <strong>de</strong>uẽ ser cortados e tirados os pecados da vonta<strong>de</strong> e da carne por que nom<br />

enbarguẽ as vertu<strong>de</strong>s do mynistro <strong>de</strong> Deus» (p. 337).<br />

Corte da barba: «E nom somente os clerigos rapan as coroas, mas <strong>de</strong>uem<br />

rrapar as barbas por duas rrezões: a premeira por que assy como os cabelos das<br />

barbas naçem pella superfluyda<strong>de</strong> dos homores do estamago, assy dos clerigos<br />

<strong>de</strong>uem tirar e rrapar as malda<strong>de</strong>s que som en elles superfluas. A segũda que por

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!