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universidade federal fluminense faculdade de ... - Proppi - UFF

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Por outro lado, percebe-se que a gran<strong>de</strong> maioria dos mochileiros, são<br />

possuidores <strong>de</strong> um espírito aventureiro e busca novos <strong>de</strong>safios. Na maioria das<br />

vezes ele é um viajante i<strong>de</strong>alista, político e socialmente correto, porque busca<br />

conhecer <strong>de</strong> fato o lugar, a cultura, respeita o meio ambiente e consome coisas do<br />

lugar, aceita a hospedagem rústica sem mudar os hábitos do morador e incentiva as<br />

manifestações culturais locais (GIARETTA, 2003).<br />

No entanto, há <strong>de</strong> se lembrar que os visitantes também geram fatores<br />

positivos para a comunida<strong>de</strong> receptora. Wilson (1997) e Hampton (1998) enumeram<br />

estas vantagens <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> turismo econômico, incluindo maiores oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> emprego, distribuição dos benefícios econômicos para a comunida<strong>de</strong> local,<br />

manutenção dos proprietários locais e dos equipamentos turísticos.<br />

Cohen (apud Barreto, 2004) caracteriza os encontros entre visitantes e<br />

visitados como “essencialmente transitórios, assimétricos e sem repetição, [on<strong>de</strong>] os<br />

participantes procuram gratificação imediata em lugar <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>”. Acrescenta<br />

que essa efemerida<strong>de</strong> das relações é a que propicia a exploração, o engano, a<br />

hostilida<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>sonestida<strong>de</strong>; fatores estes presentes na relação entre turistas e<br />

população local justamente porque nenhuma das partes envolvidas se sente<br />

comprometida com as conseqüências das suas ações.<br />

Muito se fala das interferências dos turistas para a comunida<strong>de</strong> local, no<br />

entanto, ainda não se estudou o caminho inverso. Até que ponto as relações entre a<br />

comunida<strong>de</strong> local para com o visitante se estabelece <strong>de</strong> forma positiva?<br />

4.2 O CONTATO COM OS COMERCIANTES: AS RELAÇÕES COMERCIAIS<br />

ESTABELECIDAS ENTRE VISITANTES E VISITADOS<br />

O segmento dos mochileiros está cada vez mais atuante no cenário mundial e<br />

é um forte aliado para trocas sem prece<strong>de</strong>ntes entre visitantes e visitados, uma vez<br />

que o perfil do viajante permite este intercâmbio. No entanto, para Barreto (2004), o<br />

turismo em sentido amplo representa um fenômeno social; em sentido restrito<br />

representa somente uma fonte <strong>de</strong> significação para os núcleos receptores, é um<br />

negócio e por isso é conduzido pela lógica da socieda<strong>de</strong> capitalista: a produtivida<strong>de</strong><br />

e a lucrativida<strong>de</strong>. Mas até que ponto os habitantes que se beneficiam

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