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universidade federal fluminense faculdade de ... - Proppi - UFF

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64<br />

Quando a gente tava em Gramado, fomos num daqueles cafés coloniais que<br />

tem buffet e bebida liberadas, ficamos comendo e tomando vinho a noite<br />

inteira (...) Quando pedimos conta, ao invés da gente pagar trinta reais, que<br />

era o valor do buffet que pensávamos que era completo, o garçom estava<br />

nos cobrando o vinho à parte (...). Vendo a confusão, um casal que estava<br />

sentado do nosso lado me chamou e disse que tudo era incluso sim,<br />

inclusive o vinho, e que ele estava tentando nos “passar a perna” porque<br />

éramos turistas (...).<br />

Em uma visita ao Chile, pedi ao garçom que ele me servisse o vinho e a<br />

comida que ele comia no dia-a-dia <strong>de</strong>le. O resultado? O prato e o vinho mais<br />

caro da carta.<br />

aeroportos:<br />

Foi apontado também em uma entrevista, situações <strong>de</strong> coação 39 <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

Chegando no nosso primeiro <strong>de</strong>stino [Egito], minha amiga foi ao banheiro,<br />

<strong>de</strong>ntro do aeroporto, por sinal maravilhoso, tinha uma funcionária do<br />

aeroporto, super solícita lá <strong>de</strong>ntro, que abriu a porta, a torneira, secou a mão<br />

<strong>de</strong>la (...) e na hora <strong>de</strong>la sair, ela simplesmente ficou na frente da porta,<br />

esticou a mão e disse: "one dollar" (...).Ela teve que pagar pra sair.<br />

A precificação diferenciada para o visitante/turista em relação aos preços<br />

<strong>de</strong>stinados para a comunida<strong>de</strong> local foi uma prática citada por todos durante as<br />

entrevistas. No entanto, isso não era o que mais incomodava a estes viajantes;<br />

muito pelo contrário, aos olhos <strong>de</strong>les era justo que os preços fossem menores para<br />

os moradores, afinal, ele “não está ali à passeio e merecem sim, pagar menos”. O<br />

agente <strong>de</strong> turismo e guia entrevistado também comentou sobre experiências como<br />

estas:<br />

(...) quando eu chego na lojinha pra comprar bebida a água é um real, mas,<br />

se chegaram os “gringos”, a água vira três reais. É claro que tem isso.<br />

Alguns não percebem, outros percebem e não ligam. Eu por exemplo não<br />

ligo <strong>de</strong> pagar mais. Acho que é uma forma <strong>de</strong> contribuir ainda mais com a<br />

comunida<strong>de</strong> (...).Se a gente for analisar bem, se não for um real pro<br />

morador, ele não compra. O preço tem que ser <strong>de</strong> acordo com a realida<strong>de</strong><br />

local. Se formos analisar pelo outro lado, o turista seria então explorador,<br />

porque, ele está indo naquele lugar comprar por um enquanto, na sua zona<br />

<strong>de</strong> permanência, custa três (...). Depen<strong>de</strong>ndo do enfoque que se dá aos<br />

fatos e <strong>de</strong> como você se sente é que po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado exploração ou<br />

não.<br />

39 Constrangimento eficiente exercido sobre uma pessoa <strong>de</strong> maneira direta ou indireta, com o escopo<br />

<strong>de</strong> lhe impedir a livre manifestação da vonta<strong>de</strong>. A coação po<strong>de</strong> ser física ou moral. Disponível em<br />

http://michaelis.uol.com.br/mo<strong>de</strong>rno/portugues

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