universidade federal fluminense faculdade de ... - Proppi - UFF
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Ainda complementa:<br />
O que acontece também, seguindo a lógica do mercado, é que, o outro que<br />
nem pensava em me dar um sorvete <strong>de</strong> graça, vendo que o do lado me<br />
dava, resolveu então me dar uma caixa <strong>de</strong> sorvete. (...). Aí que <strong>de</strong>ve entrar<br />
a ética do profissional. De on<strong>de</strong> vai sair o dinheiro da minha caixa <strong>de</strong><br />
sorvete? Do bolso do turista? Isso é um ciclo vicioso (...). O profissional<br />
<strong>de</strong>ve buscar oferecer a melhor opção para seu cliente, tentando não encher<br />
os olhos com as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ganhos que ele terá nas transações.<br />
Doze dos quatorze entrevistados apontaram os taxistas como fonte <strong>de</strong><br />
exploração financeira, seja por práticas <strong>de</strong> não utilização do taxímetro, cobrança <strong>de</strong><br />
taxas extras abusivas para bagagens, preços fixos e, principalmente, pela<br />
<strong>de</strong>sonestida<strong>de</strong> <strong>de</strong> combinar um preço na origem e cobrar mais no <strong>de</strong>stino final:<br />
Mas o mais chato da viagem foram os taxistas, que exploraram “legal” a<br />
gente. Sem a gente perceber, um taxista fez uma corrida sem taxímetro e só<br />
<strong>de</strong>u o preço pra gente quando chegamos ao nosso <strong>de</strong>stino final (...) Ele se<br />
aproveitou que estava <strong>de</strong> madrugada e que não tínhamos outra forma <strong>de</strong><br />
chegar com segurança no albergue em Cuzco (...). Pagamos o equivalente<br />
a cinco vezes mais.<br />
Ainda à respeito as praticas apontadas pelos entrevistados em relação aos<br />
taxistas, foi notificado por dois entrevistados a cobrança <strong>de</strong> taxas e valores<br />
diferentes <strong>de</strong> acordo com a nacionalida<strong>de</strong> do passageiro:<br />
Nossa última parada do mochilão pela América do Sul foi no Rio (...) Me<br />
lembro que minha amiga européia fez sinal pro taxista e, com o péssimo<br />
português <strong>de</strong>la, perguntou uma média <strong>de</strong> preço <strong>de</strong> uma corrida <strong>de</strong> Ipanema<br />
até Copacabana. O “malandro” do taxista queria cobrar oitenta reais. Não<br />
acreditei! Parei <strong>de</strong> tirar foto, me aproximei e, imitando o sotaque do Rio<br />
perguntei ''e para quem é morador, meu irmão?". Senti que ele gelou, logologo<br />
diminuiu o preço e se <strong>de</strong>sculpou dizendo: “poxa cara, pensei que vocês<br />
eram ‘gringo’, <strong>de</strong>sculpa aí, ‘vintinho’ resolve?”.<br />
Foi apontado em duas entrevistas situações <strong>de</strong> exploração em restaurantes<br />
tradicionais nos <strong>de</strong>stinos visitados: