ÃLIDA MARIA ESPONTÃO CASTANHO UMA ESCUTA ... - Abratecom
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matemática, conhecidas como Revolução Científica e associadas<br />
aos nomes de Copérnico, Galileu, Descartes, Bacon e Newton”.<br />
Galileu Galilei (1564 -1642), um físico italiano, ficou conhecido por ter criado<br />
uma física não-contemplativa, através do método experimental das ciências da<br />
natureza, limitando a ciência ao estudo dos fenômenos que podiam ser medidos e<br />
quantificados.<br />
O psiquiatra (R.D.Laing) in Capra (1996,p.34),<br />
“afirma enfaticamente: O programa de Galileu oferece-nos um<br />
mundo morto: extinguem-se a visão, o som, o sabor, o tato e o olfato,<br />
e junto com eles vão-se também as sensibilidades estéticas e ética,<br />
os valores, a qualidade, a alma, a consciência, o espírito.A<br />
experiência como tal é expulsa do domínio do discurso científico. É<br />
improvável que algo tenha mudado mais o mundo nos últimos<br />
quatrocentos anos do que o audacioso programa de Galileu.Tivemos<br />
de destruir o mundo em teoria antes que pudéssemos destruí-lo na<br />
prática”.<br />
Nesse contexto, René Descartes (1596-1650), pensador francês, físico e<br />
matemático, foi considerado o pai da ciência moderna, com o método do<br />
pensamento analítico, conhecido como cartesianismo.<br />
Sua visão da natureza entendia uma divisão indispensável, o da mente e o da<br />
matéria, como domínios independentes e separados. O domínio material, contendo<br />
os organismos vivos, era tido por Descartes como uma máquina, que poderia ser<br />
entendido a partir da análise das suas menores partes, quebrando “fenômenos<br />
complexos em pedaços a fim de compreender o comportamento do todo a partir das<br />
propriedades das suas partes” Capra (1996, p.34).<br />
Assim, conforme escreve Vasconcellos (2002, p.74):<br />
“a ciência procede à análise dos todos complexos, à separação em<br />
partes.Começa por retirar o objeto de estudo dos contextos em que<br />
ele se encontra.Por exemplo, o biólogo leva a planta que recolheu<br />
numa montanha para ser estudada num laboratório, o psicólogo leva<br />
o indivíduo para ser observado, estudado, atendido, fora de seu<br />
contexto relacional”.