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ÉLIDA MARIA ESPONTÃO CASTANHO UMA ESCUTA ... - Abratecom

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35<br />

O que acontece muitas vezes é que aceitamos ou negamos uma explicação<br />

de maneira consciente ou inconsciente e nos movemos na vida cotidiana nos<br />

caminhos explicativos da objetividade-entre-parênteses e da objetividade-semparênteses.<br />

Quando estamos reunidos com pessoas das quais gostamos, que são de<br />

nossa preferência, que pertencem ao nosso domínio de aceitação mútua, agimos na<br />

objetividade-entre-parênteses. Neste caminho, não há uma única verdade, mas uma<br />

pluralidade de realidades, cada qual legítima, ainda que não possuam o mesmo<br />

conteúdo, e que não sejam igualmente desejáveis para serem vividas.<br />

No caminho explicativo da objetividade-entre-parênteses, o fato de uma<br />

pessoa gostar da vida urbana e o outro gostar da vida no campo ou de um ser<br />

cristão e o outro politeísta, não se torna motivo para uma dinâmica de negação na<br />

convivência com o outro, uma vez que ser diferente, apresentar preferências que<br />

não coincidem, não se tornam causas para a exclusão de um ou outro. Neste caso,<br />

há a responsabilidade do agir em um domínio de realidade que conscientemente se<br />

fundamenta pela emoção da aceitação de si mesmo e do outro, por ser uma<br />

preferência pessoal e um posicionamento em não acusar o outro de estar<br />

equivocado em suas escolhas e argumentos.<br />

Já no “caminho explicativo da objetividade-sem-parênteses, as relações<br />

humanas não ocorrem na aceitação mútua” Maturana (2001, p.49). Disto decorre um<br />

mover-se na negação do outro. Existe uma realidade que é dada como objetiva,<br />

para a qual nos direcionamos, e que utilizamos como base para validar nossas<br />

explicações.<br />

Agimos como se o que falamos fosse aceito em decorrência de sua referência<br />

a algo que é independente de nós. De acordo com Maturana (2001, p.46):

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