10.01.2015 Views

ÉLIDA MARIA ESPONTÃO CASTANHO UMA ESCUTA ... - Abratecom

ÉLIDA MARIA ESPONTÃO CASTANHO UMA ESCUTA ... - Abratecom

ÉLIDA MARIA ESPONTÃO CASTANHO UMA ESCUTA ... - Abratecom

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

55<br />

Ainda de acordo com as idéias de Tom Andersen, as conversas precisam de<br />

silêncios breves que sejam suficientes para uma consideração sobre o curso da<br />

conversa, e precisam acontecer moderadamente sem pressa, para que a percepção<br />

mental possa ocorrer, escolhendo as idéias com as quais se identifica, alcançando<br />

as palavras que revelem essa identificação. “Deve haver um esforço durante a<br />

conversa para que o falar, refletir e escutar dos dois ou mais participantes<br />

mantenham-se em relação a essas fases, na mesma velocidade e ritmo” Tom<br />

Andersen (1991, p.57). Quando conversamos com outra pessoa, procuramos<br />

acompanhar o seu ritmo sem deixar de ver e ouvir o nosso.<br />

Pensando a respiração como um processo vital para as conversas,<br />

encontramos em Thorwald Dethlefsen e Rüdiger Dahlke a idéia de que a respiração<br />

existe em ritmo. Ritmo é a base de tudo o que vive e no que se refere ao corpo, o<br />

aspecto principal da respiração é o processo de troca, conforme os autores colocam:<br />

“através da inspiração, o oxigênio contido no ar é levado aos corpúsculos vermelhos<br />

de sangue; quando expiramos, expelimos dióxido de carbono. A respiração abrange<br />

a polaridade da recepção e da entrega, do dar e do receber” (1983, p.109).<br />

Os autores, ainda enfatizam que a respiração nos proíbe de nos tornarmos<br />

independente do contexto em que nos encontramos, de nos fecharmos em nós<br />

mesmos, e explicam:<br />

“embora como seres humanos gostemos de nos<br />

encapsularmos em nosso ego, a respiração nos obriga a manter<br />

nosso vínculo com o não-eu. Convém tornarmos-nos cientes de que<br />

o inimigo respira o mesmo ar que nós inspiramos e expiramos. O<br />

animal e a planta também. É a respiração que nos liga<br />

continuamente a tudo o que existe. Não importa o quanto o ser<br />

humano tente se isolar, a respiração o vinculará a tudo e a todos. O<br />

ar que respiramos nos une num todo, quer queiramos quer não. A<br />

respiração, portanto, tem algo a ver com “contato” e com<br />

“relacionamento” Thorwald Dethlefsen e Rüdiger Dahlke (1983,<br />

p.110).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!