ÃLIDA MARIA ESPONTÃO CASTANHO UMA ESCUTA ... - Abratecom
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agressiva”, “ela é medrosa”. Assim, nos relacionamos dizendo o que elas precisam e<br />
devem fazer para alcançar a mudança: “Você tem que...”, “você precisa deixar de...”<br />
O princípio da preparação sugere uma postura filosófica, ou seja, “uma<br />
maneira de relacionar-se com as pessoas, incluindo uma maneira de pensar sobre,<br />
falar com, agir com, e de ser compreensivo com elas” (Harlene Anderson, 1996), o<br />
que requer uma mudança de paradigma.<br />
Segundo o que escreve Esteves de Vasconcelos (2005, p.80) “uma das<br />
regras fundamentais para pensarmos a partir do paradigma sistêmico é não usar o<br />
verbo ser”. Assim falaríamos, “ela está agressiva”, “ela está medrosa”, ao invés de<br />
“ela é...”. Quando mudamos a nossa maneira de falar, muda a realidade que<br />
fazemos emergir. Se ela está agressiva, pode vir a não estar em outro momento.<br />
Quando alguém se encontra na condição do estar..., pressupõe-se que deve estar<br />
com outro alguém, ou seja, na relação com outra pessoa que ela está agressiva e,<br />
ambos, passam a fazer parte do problema e também da solução, assim podemos<br />
perguntar: O que fazem para que isso aconteça Podem colaborar de alguma forma<br />
para que isso não aconteça Quando isso teve início<br />
Assim, o princípio da preparação, enquanto um germe para a construção da<br />
postura da escuta está pautado no paradigma sistêmico, o qual desencadeia a<br />
importância da compreensão de um fenômeno colocando-o dentro de um contexto<br />
maior, “colocar junto”- estabelecer a natureza das relações, uma vez que as partes<br />
não são isoladas e para pensar sistemicamente é necessário pensar em termos de<br />
conexão, relações e contexto.