ÃLIDA MARIA ESPONTÃO CASTANHO UMA ESCUTA ... - Abratecom
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Analogamente, nesta fase da monografia, a problematização é o momento em<br />
que já tendo sido acesa a “fogueira” nos capítulos anteriores, é preciso agora mantêla<br />
com algumas outras “lenhas”, que aqui penso em apresentá-las (as lenhas)<br />
destacando os “Princípios da Escuta” que dão sustentação às Oficinas da Escuta,<br />
como um recurso sistêmico já desenvolvido na prática e que se relaciona ao tema da<br />
monografia e a pesquisa bibliográfica.<br />
2.1 - OFICINAS DA <strong>ESCUTA</strong><br />
A partir do paradigma sistêmico, as Oficinas da Escuta são compostas por um<br />
conjunto de oito encontros, contextualizado pelo diálogo entre os participantes e o<br />
compartilhar das experiências.<br />
O que temos são participantes-autores de um processo de conhecimento,<br />
implicados numa metodologia sensível que contém a conjugação do verbo<br />
emocionar (-se). Esta metodologia, longe de ser um fazer profissional carregado de<br />
ingenuidade, sem maior amadurecimento, se aproxima das afirmações de Humberto<br />
Maturana (2001), em sua teoria da Biologia do Conhecimento, que permitiu transpor<br />
o dualismo do pensamento ocidental: razão x emoção, ao mostrar que o peculiar do<br />
humano está na linguagem e no entrelaçamento com o emocionar. Vivemos muito<br />
tempo produzindo saberes com a emoção escondida.<br />
Assim, pensando num processo fluido e espontâneo, as Oficinas da Escuta<br />
apresentam Princípios facilitadores para cada encontro, que propiciam aos<br />
participantes, ancorados em suas emoções e histórias de vida, o desenvolvimento<br />
natural de novos significados.<br />
Com a intenção de sustentar a idéia do ato de escutar como um recurso<br />
pessoal, terapêutico e uma postura a ser desenvolvida em nossos relacionamentos