ÃLIDA MARIA ESPONTÃO CASTANHO UMA ESCUTA ... - Abratecom
ÃLIDA MARIA ESPONTÃO CASTANHO UMA ESCUTA ... - Abratecom
ÃLIDA MARIA ESPONTÃO CASTANHO UMA ESCUTA ... - Abratecom
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
31<br />
falamos, do que tocamos, do que vemos, do que escutamos, das nossas histórias e<br />
das nossas emoções. Porém, quando narramos precisamos de alguém que nos<br />
escute, que nos olhe nos olhos, que nos dê pistas de como estamos nos saindo<br />
naquilo que queremos construir a cada fala, a cada gesto, a cada nova interação.<br />
Um olhar sincero ou cheio de indagações, uma mão que se estende ou um<br />
corpo que se afasta, um abraço ou um sorriso, pode fazer uma grande diferença<br />
para cada um de nós a cada momento das nossas vidas.<br />
Importante considerar que através dos relacionamentos o homem se<br />
expressa, toma consciência de si mesmo, põe em cheque as suas próprias<br />
realizações, procura incansavelmente novas significações e cria vínculos com os<br />
outros.<br />
1.4.3 - O ENTRELAÇAMENTO DA RAZÃO E DA EMOÇÃO<br />
Ainda que permaneçamos em nossa vida cotidiana insistindo que o que<br />
determina nossas ações como humanas é o aspecto racional, podemos, também,<br />
perceber que quando estamos sob determinada emoção, há condutas que podemos<br />
ter e outras que não podemos ter, e que aceitamos como correto alguns raciocínios<br />
que não aceitaríamos sob o domínio de outra emoção.<br />
Existem coisas que acreditamos, fazemos e pensamos, que estão<br />
organizadas em nós como premissas básicas, aceitas a priori, numa perspectiva de<br />
preferências, a partir da emoção da aceitação, porque gostamos delas, as aceitamos<br />
como válidas, porque queremos. De acordo com Maturana (2001, p.16) “todo<br />
sistema racional se constitui no operar com premissas previamente aceitas, a partir<br />
de uma certa emoção”.