ÃLIDA MARIA ESPONTÃO CASTANHO UMA ESCUTA ... - Abratecom
ÃLIDA MARIA ESPONTÃO CASTANHO UMA ESCUTA ... - Abratecom
ÃLIDA MARIA ESPONTÃO CASTANHO UMA ESCUTA ... - Abratecom
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
64<br />
2.2.4 - FLEXIBILIDADE<br />
O princípio da flexibilidade relaciona-se à idéia do encontro escutador-cliente<br />
no qual “ambos trazem consigo seu conhecimento socialmente construído” (Harlene<br />
Anderson, 1996), e a base dessa interação é o diálogo, que envolve uma genuína<br />
troca de pontos de vista.<br />
De acordo com o filósofo Hans-George Gadamer (1975) in (Harlene<br />
Anderson,1996) , o diálogo é um<br />
“processo de duas pessoas entendendo (tentando entender) um ao<br />
outro. É característico de toda conversação verdadeira que cada um<br />
tenha uma atitude aberta perante o outro, que realmente aceite que o<br />
ponto de vista do outro deva ser considerado”.<br />
Assim, o princípio da flexibilidade sugere uma postura através da qual o<br />
escutador participa criando um espaço para que os conteúdos conhecidos, a<br />
multiplicidade de sentidos e os aspectos inesperados possam coexistir e, juntos,<br />
escutador e cliente passam a percorrer e negociar seus significados.<br />
O princípio da flexibilidade envolve o desejo do escutador de se manter na<br />
troca de conversações, demonstrando interesse pelas narrativas do cliente e o<br />
relacionamento se torna mais recíproco e menos controlador.<br />
Este princípio pressupõe a possibilidade de uma escuta exploratória, que gera<br />
o sentido de um processo corrente que abrange aspectos do “dar e receber, de ir e<br />
vir e entrecruzar-se. É similar à noção do “estado de conversa” de Goffman (1981):<br />
ou seja, é um processo no qual os tópicos e o fluxo da entrevista são escolhidos de<br />
comum acordo” (Harlene Anderson,1996).