Documento completo - OBT - Inpe
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A seguir serão apresentados os aspectos gerais da Geologia, Pedologia e Geomorfologia<br />
no que dizem respeito e interessam diretamente ao planejamento urbano, incluindo a<br />
construção viária.<br />
3.2. GEOLOGIA<br />
De acordo com Almeida (1958), a área metropolitana de São Paulo situa-se num<br />
planalto mais ou menos acidentado, de estrutura complexa, formada principalmente por<br />
rochas metamórficas ou basais, capeadas por sedimentos cenozóicos (Bacia de São<br />
Paulo). A litologia desta bacia é formada por argilas, siltes e areias argilosas finas. Para<br />
Suguio (1980), a Bacia de São Paulo é constituída texturalmente por sedimentos pobres<br />
em estruturas primárias, apresentando estratificação plano-paralela horizontal,<br />
estratificações gradativas, pelotas de argila, diques clásticos arenosos dentro de argilas e<br />
estratificações cruzadas.<br />
Ao longo dos cursos dos rios localizam-se os depósitos aluviais que estão associados às<br />
calhas e planícies de inundação (ou aluviais). Estes depósitos estendem-se até a soleira<br />
granítica do Cristalino, e apresentam camadas ricas em material orgânico, intercalados<br />
ao material detrítico, com raras ocorrências de areias grossas e cascalhos finos (Vetec<br />
Engenharia e Vence Engenharia, 1992). Estes depósitos possuem fartura de sills<br />
básicos, favorecendo a criação de soleiras litológicas a montante, originando o acúmulo<br />
de aluviões (IPT, 1981a).<br />
Na área de terrenos cristalinos destacam-se os metaconglomerados, que afloram por<br />
vezes na forma de matacões de até três metros de diâmetro, aparecendo seixos de<br />
granitos, gnaisses, micaxistos e quartzitos, englobados numa matriz arenosa,<br />
heterogênea e de natureza grosseira. Estes locais atualmente foram transformados em<br />
pedreiras (Figura 3.4).<br />
As falhas indiscriminadas são feições estruturais constituídas por faixas cataclásticas<br />
espessas. Segundo a Vetec Engenharia e Vence Engenharia (1992), estas falhas foram<br />
desenvolvidas no final do Ciclo Brasiliano (Pré-Cambriano) por uma reativação<br />
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