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Jornal das Oficinas 073

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DEZEMBRO 2011<br />

CAMPANHA OFICINA VERDE 2011 JORNAL DAS OFICINAS<br />

08 XII CAPÍTULO - ASSISTÊNCIA + ASSESSORIA www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

MAIS PERTO DO<br />

FUTURO<br />

|| Ser ambientalmente responsável e ter consciência ecológica significa<br />

garantir que a empresa tem a assistência e a assessoria necessárias e<br />

competentes nessa área, para além de zelar pelas normas ambientalmente<br />

correctas dentro de portas<br />

OFICINA VERDEAMBIENTE E SEGURANÇA 100%<br />

N<br />

ão querendo aqui fazer o balanço<br />

do século XX, porque seria<br />

necessariamente muito extenso, é<br />

preciso reconhecer que somos os seus<br />

herdeiros, para o melhor e para o pior.<br />

Como ainda estamos no início do século<br />

XXI, talvez não fosse mal pensado passar<br />

em revista o espólio dos 100 anos<br />

passados, separando o que é sustentável e<br />

com futuro, do que é pouco desejável e por<br />

isso descartável e condenado ao<br />

esquecimento.<br />

A crédito desse período da história recente<br />

da humanidade, ficam incontestavelmente<br />

os avanços da ciência e da tecnologia, o<br />

desenvolvimento da mobilidade, a<br />

consolidação do urbanismo e a melhoria<br />

da qualidade de vida para largos estratos<br />

da população. Tudo isso aparece agora<br />

numa embalagem da concepção global do<br />

fenómeno humano, uma conquista sem<br />

precedentes, que é exactamente causa e<br />

consequência dos avanços anteriormente<br />

mencionados.<br />

Logicamente, o automóvel e as vias<br />

rodoviárias modernas são parte importante<br />

da herança que nos foi legada, tendo<br />

contribuído de forma decisiva para esbater<br />

distâncias e para estabelecer ligações<br />

permanentes entre países e culturas<br />

diferentes e complementares. Isso teve<br />

consequências enormes do ponto de vista<br />

social, económico e até cultural, como é o<br />

caso do mercado único europeu e do<br />

projecto de uma Europa politicamente<br />

unida.<br />

Claro que todos este triunfos nos<br />

interessam a nós e às gerações futuras, mas<br />

temos que levar em conta a margem de<br />

aperfeiçoamentos que ainda são<br />

necessários levar a cabo, de forma a colocar<br />

o património reunido ao serviço do ser<br />

humano e não justamente o inverso. Se<br />

não conseguirmos separar o trigo do joio,<br />

deixaremos que o passado venha invadir o<br />

futuro melhor que queremos construir,<br />

mais justo, mais racional e com mais<br />

oportunidades para todos.<br />

O crivo da sustentabilidade<br />

Um sistema ou um processo é sustentável<br />

quando se pode perpetuar, porque se<br />

regenera continuamente. O coberto<br />

vegetal do planeta é um bom exemplo<br />

disso, porque as plantas nascem, crescem,<br />

morrem e decompõem-se, restituindo ao<br />

solo os nutrientes que darão vida a outras<br />

plantas e assim sucessivamente. O ser<br />

humano tirou partido deste processo,<br />

através da agricultura, que também é<br />

sustentável, desde que se mantenha a<br />

fertilidade dos solos, restituindo os<br />

nutrientes retirados. Há no entanto muitos<br />

casos em que o Homem esgotou a<br />

fertilidade dos solos, através de rega<br />

excessiva, por exemplo, que provoca a<br />

mineralização do solo. Noutros casos,<br />

falhou na restituição dos nutrientes básicos<br />

e a terra deixa de produzir.<br />

Se há coisa positiva que a actual crise<br />

económica nos acabou por trazer foi a<br />

ideia da sustentabilidade económica. Na<br />

realidade, o endividamento constitui um<br />

factor de progresso de pessoas, famílias,<br />

empresas e estados, desde que os meios<br />

financeiros sejam correctamente aplicados<br />

e os encargos da dívida não ultrapassem o<br />

limiar da amortização. Porque, se uma<br />

entidade aplica tudo o que ganha no<br />

pagamento de juros da dívida, não<br />

conseguindo amortizar essa dívida, está<br />

numa posição muito pior do que antes do<br />

endividamento, podendo perder tudo o<br />

que tem para tentar sobreviver. No caso de<br />

um país, a situação é ainda pior, porque as<br />

dificuldades financeiras geram<br />

desemprego, crises sociais, criminalidade e<br />

violência.

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