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As pessoas com deficiência em Maputo e Matola - Handicap ...

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Representação social da DeficiênciaSituação sócio-económicaCapítulo2III/ Recursos <strong>com</strong>unitários <strong>com</strong>o vector de integração sociala) Mecanismos de ajuda mútua e de caridade no seio das <strong>com</strong>unidadesA visão essencialmente médica da deficiência e a percepção <strong>com</strong>unamente aceite segundo, a qual a pessoa<strong>com</strong> deficiência é um indivíduo passivo, vítima da fatalidade e s<strong>em</strong> capacidades proprias para construir asua autonomia abre espaço a acções essencialmente assistencialistas. Esta abordag<strong>em</strong> caritativa, muitasvezes sustentada pelos discursos de <strong>com</strong>paixão das numerosas entidades religiosas que se encontramnos bairros populares, leva ao reforço dos mecanismos de dependência da pessoa <strong>com</strong> deficiência <strong>em</strong>relação ao seu meio familiar ou <strong>com</strong>unitário. Muitas associações <strong>com</strong> as quais se entrou <strong>em</strong> contactodão assitência material directa (vestuário, medicamentos, alimentação) as <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência, s<strong>em</strong>qualquer estratégia específica de a<strong>com</strong>panhamento social.Apesar destes mecanismos de ajuda-mútua ser<strong>em</strong> prejudiciais para a promoção do desenvolvimentoindividual da pessoa baseada na valorização das suas capacidades próprias, elas são essenciais para oestabelecimento de uma solidariedade de proximidade e da coesão do laço social. Para alguns, é menosdifícil viver <strong>com</strong> deficiência <strong>em</strong> bairros periféricos que nas cidades porque, mesmo que os serviços básicossejam de acesso mais difícil, os reflexos de ajuda-mútua são geralmente mais expontâneos, sendo estesnas cidades travados pelo anonimato e o individualismo.b) A família aparece <strong>com</strong>o principal base de apoio para a integração das <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiênciaEm todos os grupos inqueridos, a famíliaaparece de forma unánime <strong>com</strong>o principalvector de socilização e integraçãoda pessoa <strong>com</strong> deficiência dentro da<strong>com</strong>unidade. É ela que se responsabiliza<strong>em</strong> primeiro lugar pelo indivíduo, devetomar conta deste e a<strong>com</strong>panhá-lo noseu meio. A inclusão social, deve-se, <strong>em</strong>primeiro lugar, reflectir e realizar-se noseio do agregado familiar.Contudo, porque estas famíliasencontram-se sócio e económicamentedébis, o Estado, as autárquias locais,as associações, e mesmo as igrejassão convidadas a criar condiçõesnecessárias para permitir sustentaros seus m<strong>em</strong>bros <strong>com</strong> deficiência(serviços, mecanismos de protecçãosocial, material de <strong>com</strong>pensação...). «Do meu ponto de vista, é a família quedeve, antes de qualquer outra entidade,assumir a responsabilidade sobre apessoa <strong>com</strong> deficiência. Mas, também,as nossas capacidades são limitadas, por conseguinte precisamos da colaboração dos serviços de apoio.Nós dev<strong>em</strong>os contar <strong>com</strong> o apoio de outras instâncias <strong>com</strong>o o Estado ou a sociedade civil » r<strong>em</strong>atou umdos inqueridos.I/ Prevalência da deficiência e tipologia das incapacidades na zona de estudo 34II/ Género e Idade 37III/ Situação familiar 38IV/ Nível de educação 38V/ Situação profissional e actividades exercidas 42VI/ Participação associativa 443233

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