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As pessoas com deficiência em Maputo e Matola - Handicap ...

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Condições de acesso aos serviços sanitários e sociaisCapítulo3Em função do Género:Tipo de serviçosCentro de formação profissional doINEFPProgramas de capacitaçãovocacionalServiço de a<strong>com</strong>panhamento aosdes<strong>em</strong>pregadosPoucas <strong>pessoas</strong> (3%) s<strong>em</strong> distinção de deficiência, utilizam serviços dos centros de formação profissionaldo INEFP. Contudo, dos que não os utilizam, 29% exprim<strong>em</strong> a necessidade, principalmente os homensjovens (p=0,01). E de todas as <strong>pessoas</strong> que exprim<strong>em</strong> a necessidade, 62%, s<strong>em</strong> distinção de deficiência,afirmam não ter<strong>em</strong> conhecimento.2,5% de <strong>pessoas</strong> beneficiam dos programas de capacitação vocacional, e 22% dos que não beneficiamexprim<strong>em</strong> a necessidade. Destes, ¾ não tém conhecimento.Um número pequeno de <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência (2,2%) utilizam um serviço de a<strong>com</strong>panhamento ao<strong>em</strong>prego, talvez porque não existe realmente na zona, para além de algumas iniciativas isoladas do sectorassociativo.Não apresentamos diferenças sobre o acesso aomicro-crédito (7% do total) entre as <strong>pessoas</strong><strong>com</strong> deficiência e as outras, entre os homens e asmulheres. Entre as <strong>pessoas</strong> que não recorr<strong>em</strong> aomicrocrédito, 37% exprim<strong>em</strong> a necessidade, dosquais 43% não conhec<strong>em</strong> serviços ou fornecedoresde micro-créditos. Os homens sab<strong>em</strong> mais dosmicro-créditos e mostram mais necessidades queas mulheres.Pode-se ver por conseguinte que <strong>em</strong> todos oscasos que os homens t<strong>em</strong> mais informação dosserviços de formação profissional e de apoio ao<strong>em</strong>prego que as mulheres e as necessidades sãoexprimidas mais pelos homens que pelas mulheres.Em contrapartida, a deficiência aparece <strong>com</strong>o umfactor menos descriminante <strong>em</strong> relação a estesserviços, procurados por uma grande parte dapopulação local. O acesso ao mercado de trabalhoaparece <strong>com</strong>o uma preocupação de todos, face afalta de alternativas profissionais para além dosector informal.CONHECIMENTO NECESSIDADES UTILIZAÇÃOMulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens16% 26% 27% 35% 3%7% 15% 20% 26% 3%9% 17% 26% 2%Serviço de micro-crédito 30% 39% 37% 44% 7%52b) Os obstáculos de acesso aos serviços de formação profissional e <strong>em</strong>pregoEm análise univariada, apresentamos poucas diferenças relativas ao acesso a este tipo de serviço entreas <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiências e as <strong>pessoas</strong> s<strong>em</strong> deficiência. Todas percentagens relativas a percepção dosobstáculos converg<strong>em</strong> para o mesmo sentido: as dificuldades são s<strong>em</strong>pre sensivelmente maiores para as<strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência que para as outras. Em outros termos, as <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência e as outras sãorelativamente iguais face as dificuldades.Na área da formação profissional, são sobretudo os custos que desencorajam as <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência(78%), seguido da desponilidade do material didáctico (75%), a adequação da pedagogia de formação asnecessidades especificas (62%) e por último a informação sobre as formações existentes (59%). Do ladodo <strong>em</strong>prego, as principais barreiras citadas pelos inqueridos diz<strong>em</strong> respeito a sua <strong>em</strong>pregabilidade nomercado de trabalho (86%), a<strong>com</strong>panhamento na criação de actividades económicas (81 et 85%), o acessoa informação sobre as vagas de <strong>em</strong>prego (77%), a ergonomia do posto de trabalho (62%), a guarda dascrianças durante o serviço (44%) e por último as bareiras arquitectónicas no local de trabalho (31%).Obstáculos para:Parece difícil para as <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência – <strong>com</strong>o para as s<strong>em</strong> deficiência - de ter acesso aos centrosde formação profissional do INEPF. Esta dificuldade explica-se, sobretudo, pelo facto de não haver centrosde formação deste tipo no território <strong>em</strong> estudo. Uma vez que é necessário deslocar-se até a Machava(<strong>Matola</strong>) ou ainda até ao Bairro central ou FPLM (<strong>Maputo</strong>), o transporte constitui uma grande barreirapara o <strong>com</strong>eço de uma formação. Para além disso, as formações propostas pelo INEFP são relativamentecaras para as <strong>pessoas</strong> que não beneficiam de isenção de pagamentos, uma vez que um curso de 6 mesesde mecânica ou electricidade custa 5.000,00 MT por ex<strong>em</strong>plo.Afim de <strong>com</strong>pensar o défice de <strong>em</strong>pregabilidade, as <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência recorr<strong>em</strong>, as vezes, aosprogramas de capacitação vocacional propostos pelas associações locais ou igrejas, mas não são tãoadaptadas as necessidades reais do mercado de trabalho e tém dificuldades de oferecer alternativasconcretas de <strong>em</strong>prego. Muitas <strong>pessoas</strong> inqueridas afirmam multiplicar formações curtas <strong>em</strong> várias árease encontram-se, muitas vezes, confinadas a cursos sobre profissões manuais (corte-costura,croché ebordado, carpintaria...) que oferec<strong>em</strong> saídas limitadas ou pouco r<strong>em</strong>uneradas.53Pess. s<strong>em</strong>deficiênciaPess. <strong>com</strong>deficiênciaSer admitido ao <strong>em</strong>prego que corresponde as suas <strong>com</strong>petências 84,5% 86,1% 0,6Obter um micro-crédito para desenvolver uma actividade econ… 81,4% 85,5% 0,3Receber um a<strong>com</strong>panhamento técnico para a criação duma… 71,6% 80,9% 0,03Custear uma formação profissional / vocacional 80,8% 78,0% 0,5Ter conhecimento das vagas de <strong>em</strong>prego existentes na sua área 72,3% 77,2% 0,2Encontrar material didáctico adaptado as suas necessidades 68,8% 74,7% 0,2Receber um ensino adaptado as suas necessidades (pedagogia…) 53,9% 61,8% 0,2Ter condições de trabalho aceitáveis 56,2% 61,6% 0,3Ter informação sobre as formações profissionais / vocacion… 48,8% 59,2% 0,05Ser b<strong>em</strong> atendido pelos formadores / pessoal dos centros… 46,3% 49,6% 0,6Ter a guarda dos filhos durante o t<strong>em</strong>po laboral 36,8% 43,8% 0,2Entrar e movimentar-se no local de trabalho 25,6% 31,6% 0,2Sair da casa para o local de trabalho 23,1% 29,8% 0,2Ser aceite pelos colegas de trabalho 15,5% 21,7% 0,2p

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