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As pessoas com deficiência em Maputo e Matola - Handicap ...

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Condições de acesso aos serviços sanitários e sociaisCapítulo3b) Os obstáculos de acesso aos serviços e programas sociaisEm análise univariada, todos os ítens são vistos <strong>com</strong>o obstáculos ligeiramente mais agravantes para as<strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência que para as outras. Dificuldades de elegibilidade (81%), a obter a informaçãosobre os programas existentes (72%), e a ser b<strong>em</strong> atendido pelos trabalhadores sociais são os principaisobstáculos citados, seguidos das probl<strong>em</strong>áticas de mobilidade (45%).Obstáculos para:Pess. s<strong>em</strong>deficiênciaPess. <strong>com</strong>deficiênciaSer selecionado para beneficiar dos programas sociais 73,7% 81,0% 0,06Ter informação sobre os programas de acção social existentes 63,8% 72,0% 0,03Ser b<strong>em</strong> atendido pelos profissionnais dos programas sociais 45,3% 59,9% 0,01Sair de casa para o programa / serviço social 31,9% 44,6% 0,02pV. Acesso a outros tipos de serviços: desporto, cultura, lazer, transportes, accessibilidadea) Nível de conhecimento exprimido, de necessidade e de utilização de serviçosEm função da Deficiência:Tipo de serviçosActividades culturais oudesportivasCONHECIMENTO NECESSIDADES UTILIZAÇÃOPCD Não-PCD PCD Não-PCD PCD Não-PCD22% 17% 23% 4%Actividades de t<strong>em</strong>po livre 14% 17% 8%Serviço de transporte 54% 60% 49%Embora sejam consideradas <strong>com</strong>o um dos 6 grupos prioritários dos programas sociais do INAS (ao mesmograu que as mulheres, as <strong>pessoas</strong> idosas, os doentes, os COV...), as <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência afirmam terdificuldades <strong>em</strong> aceder ao benefício dos dispositivos de protecção social existentes. Com efeito,segundo as estatísticas oficiais, elas representavam apenas 3% dos 17.284 beneficiários do INASao nível nacional <strong>em</strong> 2009, ou seja somente 564 <strong>pessoas</strong>. De acordo <strong>com</strong> o INAS de <strong>Maputo</strong> Cidade,317 <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência teriam sido incluídas <strong>em</strong> 2009 no programa PSA e o PASD terá permitido adistribuição de 11 cadeiras de rodas e um par de muletas, o que é relativamente insignificante se tomarmos<strong>em</strong> linha de conta a população da cidade.Em função do Género:Tipo de serviçosActividades culturais oudesportivasCONHECIMENTO NECESSIDADES UTILIZAÇÃOMulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens16% 29% 16% 25% 3% 6%O INAS fez uma escolha pertinente na sua abordag<strong>em</strong>integrada nos seus vários programas de assistência social,mas na realidade estes programas não consegu<strong>em</strong> alcançaras <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência de maneira transversal. Na faltade recursos financeiros suficientes, sobretudo de um quadrometodológico e organizacional adaptado, elas beneficiammuito pouco dos progressos recentes das políticas deprotecção social registadas ao nível nacional 7 .<strong>As</strong> dificuldades de acesso a informação sobre os programasexistentes são muito evidentes, quer seja para as <strong>pessoas</strong><strong>com</strong> deficiência quer para o resto da população (64 e72%). Este facto tenta explicar as diferenças significativasconstatadas entre o nível de necessidades dos programas eo nível de informação pela parte dos habitantes inqueridos.Tudo leva a crer que o INAS tomou <strong>em</strong> consideração esteprobl<strong>em</strong>a uma vez que ele pretende integrar na sua próximaestratégia plurianual o reforço dos mecanismos de divulgaçãodos programas existentes destinados as <strong>com</strong>unidadeslocais. Uma atenção especial deve ser dada as <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong>deficiência sensorial para que elas possam, também, serinformadas dos seus direitos relativos a protecção social.Actividades de t<strong>em</strong>po livre 14% 17% 10% 6%Serviço de transporte 54% 60% 49%<strong>As</strong> actividades desportivas e culturais são pouco praticadas na zona, uma vez que apenas 4% das<strong>pessoas</strong> inqueridas afirmam participar regularmente <strong>em</strong> manifestações do género, s<strong>em</strong> diferençassignificativas entre <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência e as outras. Em contrapartida, ha uma grande discriminação,uma vez que as mulheres são 2 vezes menos numerosas que os homens a participar destas actifidades.Contudo, 17% das <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência exprime a necessidade, o que mostra as dificuldades que estastêm <strong>em</strong> encontrar soluções adaptadas nesta área.Da mesma maneira, apenas 8% das <strong>pessoas</strong> frequentam associações que propõ<strong>em</strong> actividades de lazer,s<strong>em</strong> diferença entre <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência e as outras. <strong>As</strong> mulheres ader<strong>em</strong> mais a estas actividades queos homens. Dos que não participam destas actividades, 11% exprim<strong>em</strong> a necessidade, dos quais 38% nãotém conhecimento.49% das <strong>pessoas</strong> afirma utilizar serviços de transportes, s<strong>em</strong> diferença entre <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> deficiência eas outras. Dos que não utilizam, 35% exprime a necessidade, dos quais 32% não tém conhecimento.7Decreto n°85/2009 que aprova o Regulamento do Subsist<strong>em</strong>a de Segurança Social Básica.5657

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